Parecia que seria quente: a primeira pergunta da entrevista de Bolsonaro no Jornal Nacional foi se o presidente, com seus ataques ao processo eleitoral e ao STF, pretendeu criar um ambiente que permitisse um golpe. Ficou sem resposta. .......................... Depois, foi um show de mentiras de Bolsonaro (pelo menos cinco), poucas vezes rebatidas pela dupla de apresentadores. Uma das que ficaram sem desmentido foi a suposta eficiência de seu governo no combate à pandemia. E o apresentador William Bonner entendeu como compromisso de respeito ao resultado das urnas a declaração de Bolsonaro de que as urnas serão respeitadas "desde que as eleições sejam limpas e transparentes". .......................... A FRASE Quando alguns falam em fechar o Congresso é liberdade de expressão deles. Bolsonaro, sobre seus apoiadores que defendem ações anticonstitucionais. .......................... Carolina Brígido viu Bolsonaro "mais manso" que em 2018. Também destacou a pouca chance dada a Renata Vasconcellos, interrompida várias vezes na entrevista. Mauricio Stycer acha que os entrevistadores poderiam ter feito mais perguntas curtas e diretas e contestado o presidente em momentos em que soltou fake news. "Usando linguagem futebolística, faltou recorrer ao VAR para conferir se Bolsonaro estava falando a verdade, ou não." .......................... Reação à entrevista no Jornal Nacional: panelaço contra Bolsonaro em Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
****************** CORAÇÃO DA DISCÓRDIA Para diplomatas, é um vexame Bolsonaro dar status de chefe de Estado ao coração de Dom Pedro 1º. Para a historiadora Lilia Schwarcz (no UOL Entrevista, em vídeo), é palhaçada. E para quem esqueceu história, ela lembra que o imperador "começou muito popular, mas, no momento em que saiu do Brasil, era profundamente impopular". ****************** CORRIDA ELEITORAL Impostos, Auxílio Brasil, emprego e renda: analistas avaliam plano econômico de Bolsonaro. Carlos Juliano Barros disseca parte sobre trabalho. .......................... Seis candidatos declararam mais de R$ 1 milhão em joias e obras de arte. A coleção mais valiosa é de um petista: R$ 12,5 milhões. .......................... O NÚMERO 37% É a proporção dos que votam em Lula no segundo turno entre os que dizem não votar nele nem em Bolsonaro no primeiro turno, mostra pesquisa Datafolha. .......................... Lula 45% X 36% Bolsonaro. É o placar de intenções de voto em pesquisa FSB/BTG divulgada ontem. .......................... Durante entrevista a jornalistas estrangeiros, Lula defendeu o fim do poder de veto na ONU e uma reformulação da instituição. Também disse que deveria haver alternância de poder na Venezuela. Falou ainda em promover discussão internacional sobre as condições de proteção à floresta amazônica, com respeito à soberania do Brasil sobre o território. .......................... Lula voltou a mostrar que ainda derrapa no uso de algumas expressões e conceitos. No sábado, disse: "Quer bater em mulher? Vá bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil, porque nós não podemos aceitar mais isso." .......................... Carolina Brígido conta que por enquanto a disputa pela vaga aberta no STJ passa longe de Bolsonaro e Lula. A definição da lista deve ficar para depois da eleição. ****************** CERCADINHO Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal caçar os integrantes do grupo de Telegram "Caçadores de ratos do STF". Um deles, já preso desde julho, defendeu ataques a políticos de esquerda, como Lula, e a ministros do Supremo. ****************** NA NEWSLETTER OLHAR OLÍMPICO Demétrio Vecchioli lista os desafios da seleção brasileira no Mundial de Vôlei masculino, que começa na sexta. Ouviu do técnico Renan Dal Zotto que o time é um dos favoritos ao título. E casas de aposta também apontam boas chances. Será? Para receber a newsletter toda segunda, por email, cadastre-se.
****************** NA NEWSLETTER UOL NAS ELEIÇÕES A edição desta semana tem como destaque a mudança de foco da campanha de Bolsonaro, do radicalismo e do golpismo para a comparação de seu governo com os do PT. Inscreva-se para receber a newsletter às segundas-feiras.
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