Olá, A Europa passa atualmente pelo momento mais delicado de sua história recente. Uma seca sem precedentes tem provocado incêndios e prejudicado as safras europeias neste verão, ao mesmo tempo em que a Rússia anunciou um novo corte no fornecimento de gás natural para a porção ocidental do continente. Isso tudo ocorre em meio à mais grave crise inflacionária do século e contribui para um aumento ainda mais expressivo dos preços dos alimentos e da energia na região. Enquanto Estados Unidos e Brasil têm apresentado dados que sinalizam uma forte desaceleração da inflação, a situação na Europa é bem diferente. Na zona do euro, a inflação acumulada nos últimos 12 meses acelerou para 8,9% em julho, enquanto a taxa chegou a 10,1% no Reino Unido no mesmo período. Com a energia em alta, a safra mais fraca e o inverno se aproximando, a tendência é de uma alta ainda maior dos índices de preços da região nos próximos meses, caso o atual cenário se sustente. Esse contexto reforça as apostas em uma recessão europeia, conforme grandes cidades em países como Alemanha e França começam a impor limites ao uso de energia elétrica em estabelecimentos comerciais. Dessa forma, podemos estar diante de uma nova série de restrições ao funcionamento do comércio e do setor de serviços no continente, não em decorrência da pandemia do coronavírus, mas devido à falta de energia elétrica em boa parte das nações europeias. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre as perspectivas para o setor de construção civil no Brasil. Um abraço, Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante **********
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