O que comer para ter mais memória? | Giovanna Tavares, Editora |
Oi! Tudo bem? O Dr. Naif me cedeu a sua coluna semanal para falar a respeito de um tema que ele considera importante e urgente. Entre nossos assinantes e leitores, uma das queixas mais frequentes tem relação com a perda da memória e dificuldade de concentração. Aliás, essa perda da cognição é um temor absoluto, principalmente para pessoas com casos de Alzheimer na família. O problema é que sempre ouvimos o mesmo "conselho" a respeito disso: não há como prevenir ou adiar a temida demência. Nos resta aguardá-la, apenas. Como se essa perda gradativa – de memória, linguagem, concentração, independência, entre outras habilidades – fosse consequência obrigatória do passar dos anos. É por isso que toda descoberta científica que mostra o OPOSTO merece e precisa ser celebrada, além de divulgada, é claro. Olha só essa novidade. O ingrediente anti-Alzheimer no seu prato Um novo estudo publicado no periódico Neurology, da American Academy of Neurology, descobriu que uma substância natural pode desacelerar e até prevenir a perda cognitiva em idades avançadas. De acordo com os pesquisadores, pessoas que apresentavam níveis mais altos de antioxidantes no sangue também eram menos propensas a desenvolver Alzheimer e outros tipos de demência. Para que você entenda melhor, os antioxidantes têm o poder de reduzir os danos causados pelo estresse oxidativo no cérebro, além de melhorar a comunicação entre os neurônios. Sabe aquele óleo que você tem que colocar no motor do carro para remover impurezas, lubrificar as peças e evitar a sua corrosão e oxidação? Os antioxidantes presentes nos alimentos vegetais funcionam nesse sentido, mantendo o "motor" cerebral a todo vapor! Estas substâncias, chamadas de luteína e zeaxantina, estão presentes em alimentos como: vegetais verde-escuros, espinafre, couve, brócolis e ervilhas. Outro antioxidante que mostrou-se beneficial para o funcionamento cognitivo foi a beta-criptoxantina, encontrada em alimentos de cor laranja, como mamão papaia, laranja, pêssego e tangerina. O estudo envolveu 7.283 pessoas, ao longo de 16 anos, que tinham pelo menos 45 anos de idade. Eles passaram por exames físico e de sangue, para mensurar os níveis de antioxidantes no sangue, além de entrevista com os pesquisadores. No caso dos vegetais verde-escuros (zeaxantina e luteína), a redução do risco de demência foi de 7%; já os alimentos alaranjados promoveram uma redução de 14%, o dobro.
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Imagine, então, a maravilha que é comer um pouco de cada destes dois grupos de alimentos! Bem, o Dr. Nelson Annunciato, neurocientista e especialista em cérebros sexagenários da Jolivi, afirma que tudo o que faz bem para o nosso corpo, faz bem também para o nosso cérebro. Então, existem muitos outros ingredientes e suplementos que você pode acrescentar à sua alimentação para blindar o cérebro dessa ferrugem que o danifica. Por exemplo: você sabia que as vitaminas do complexo B são importantíssimas para a saúde cerebral de forma geral? Elas podem ajudar a prevenir a perda de memória, o envelhecimento cerebral, aliviar a depressão e até ajudá-lo a viver mais. Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que tomar as vitaminas B6, B12 e ácido fólico (B9) juntas reduz a atrofia cerebral, melhorou a função cerebral e ainda diminuiu drasticamente o encolhimento do cérebro na parte mais afetada pela doença de Alzheimer. Essas vitaminas estão presentes, predominantemente, em alimentos de origem animal, mas em alguns casos pode ser necessário suplementá-las. Perceba, então, que você tem um caminho, não só com a ajuda de uma alimentação mais saudável, mas também com suplementos que estimulam a função cerebral. Depois, conte para a gente se você já faz uso destas substâncias, ok? Um abraço,
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