De Marvel a independentes, multiverso invade cinemas e streaming | | O multiverso se tornou figurinha repetida nos últimos anos. Afinal, o conceito científico, que inspira a literatura e os quadrinhos há décadas, foi finalmente descoberto pela sétima arte - e passou a render boas histórias também por lá. Há dois grandes exemplos disso entre os lançamentos desta semana nos cinemas e no streaming. Um deles é "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", parte da enorme epopeia desenvolvida pela Marvel Studios em filmes e séries, que acaba de chegar ao Disney+. Enquanto isso, na tela grande temos a estreia de "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo", aventura independente que brinca com a ideia de universos paralelos para fazer uma grande metáfora sobre a vida. Tem mais novidades, claro: de Channing Tatum vivendo uma aventura emotiva ao futuro alternativo do Brasil (olha aí o multiverso atacando novamente). Aproveitando o Dia do Orgulho LGBTQIA+, temos ainda quatro sugestões para celebrar a data. Agora é só escolher os filmes, estourar a pipoca e se preparar para os universos alternativos do sofá - ou da sala de cinema. | | | Harry Shum Jr. (Chad) e Michelle Yeoh (Evelyn) em "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" | Divulgação/Diamond Films |
| | | | O que tem de novo? | TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO - Assista ao trailer
- Onde: Nos cinemas - clique para comprar ingressos
- O que tem de bom: "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é a abordagem independente para o conceito de multiverso. Aqui, uma mulher de meia-idade com sérios problemas em sua vida pessoal, interpretada por Michelle Yeoh (de "Podres de Ricos"), se torna uma improvável heroína que precisa pular de um universo alternativo para o outro enquanto enfrenta uma versão paralela da própria filha. Descrevendo assim pode parecer um filme confuso, mas, na realidade, trata-se de uma história sobre chances perdidas, dificuldades do dia a dia e de reconexão entre mãe e filha - tudo isso enquanto brinca com nossos sentidos e com as próprias estruturas da sétima arte.
- O que te faz sentir: surpresa, empolgação
DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA | Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) retorna em uma nova aventura da Marvel | Imagem: Divulgação/Marvel Studios |
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- Onde: Disney+
- O que tem de bom: Segunda aventura solo do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), mas que continua e amplia eventos vistos em outras produções do Universo Cinematográfico da Marvel - mais exatamente os longas-metragens "Vingadores: Ultimato" e "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa", e as séries "WandaVision" e "Loki". Para os fãs já imersos no chamado MCU, o filme apresenta um novo passo na construção desse grande multiverso compartilhado da Marvel Studios - incluindo participações especiais e agrados aos fãs. Se isso não for o suficiente para você, vale ressaltar que o longa é assinado por Sam Raimi (da primeira trilogia do Homem-Aranha), entregando aquele que é o melhor trabalho de um diretor na Casa das Ideias - apesar do roteiro capenga.
- O que te faz sentir: empolgação, entusiasmo
- Extra direto do Splash: Organização Secreta e X-Men: Quem são os Illuminati em 'Doutor Estranho 2'?
DOG: A AVENTURA DE UMA VIDA | Channing Tatum em um road movie na medida para nos fazer chorar | Imagem: Divulgação/Diamond Films |
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- Onde: para aluguel ou compra na Apple TV, Google Play e YouTube.
- O que tem de bom: Todo mundo ama histórias cativantes com animais de estimação. E road movies sempre rendem enredos emocionantes. Juntando tudo isso temos 'Dog: A Aventura de Uma Vida', com Channing Tatum. No longa, o ator interpreta um soldado com transtorno pós-traumático incumbido de levar uma pastora-belga para o último encontro com o seu tutor, que acabara de falecer. Infelizmente também é o destino final do animal, que deverá ser sacrificado logo em seguida por conta de seu temperamento agressivo. Assim começa uma união improvável, daquelas que tanto gostamos de acompanhar. Para assistir com um lencinho na mão, já pronto para chorar.
- O que te faz sentir: luto, aceitação
MEDIDA PROVISÓRIA | "Medida Provisória" é a estreia de Lázaro Ramos na direção de um longa-metragem | Imagem: divulgação/Elo Company |
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- Onde: para aluguel ou compra na Apple TV, Google Play, Claro tv+, YouTube e Vivo Play
- O que tem de bom: Dirigido por Lázaro Ramos, "Medida Provisória" traz um futuro próximo distópico, no qual o governo do nosso país decide obrigar que todos negros retornem à África. Dessa forma, somos apresentados a uma realidade que parece um exagero, mas a hipérbole tem como ponto justamente servir de metáfora para o preconceito e a segregação étnica que acontece todos os dias, no nosso presente. Para assistir e refletir sobre quem somos enquanto nação.
- O que te faz sentir: decepção, indignação
- Extra direto do Splash: Lázaro Ramos: 'Medida Provisória é um espelho do Brasil hoje'
RISE | "Rise" é mais um conto de fadas, só que da vida real | Imagem: Divulgação/Disney+ |
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- Onde: nesta sexta, 24, no Disney+
- O que tem de bom: A Disney ama um conto de fadas - sejam eles da ficção ou da vida real. É o segundo caso que se encaixa em "Rise", novo filme do Disney+ baseado na vida dos jogadores da NBA (e irmãos) Giannis, Thanasis e Kostas Antetokounmpo. O longa-metragem começa com a trajetória dos pais deles, Vera e Charles, que emigraram da Nigéria para a Grécia - e, entre ameaças de deportação e muita dificuldade financeira, criaram os filhos para se tornarem grandes estrelas. Ainda que seja um drama formulaico e de orçamento enxuto, é feito na medida para nos emocionar. Fãs de basquete e de filmes esportivos (como "Arremessando Alto") vão gostar.
- O que te faz sentir: inspiração, respeito
| | | Cena do filme "O Acontecimento", que integra a programação do Festival Varilux 2022 | divulgação |
| | | | Dicas do time do UOL | Toda semana você encontra aqui as indicações de colunistas e personalidades do UOL que conhecem muito de cinema e entretenimento. Não importa se é estreia ou clássico, sempre trazemos uma gama de sugestões de um time de craques. Sugestão da Flávia GuerraO ACONTECIMENTO - Assista ao trailer
- Onde: circuito do Festival Varilux
- O que tem de bom: Quando "O Acontecimento" venceu o Festival de Veneza 2021, muitos se perguntaram porque o júri presidido por Bong Joon-ho, em um ano de grandes filmes dirigidos por mulheres, havia preferido o longa da até então pouco conhecida francesa Audrey Diwan ao magnífico "Ataque dos Cães" (de Janne Campion, que levou Melhor Direção) e ao controverso "A Filha Perdida" (de Maggie Gyllenhaal). Dando um salto no tempo e também geográfico, no Brasil em que o direito ao aborto é até mesmo negado à mulher (no caso, uma menina que sofreu um estupro) quando previsto por lei, "O Acontecimento" chega a calhar. A trama, apesar de se passar na França dos anos 60, não poderia ser mais atual. Anne (Anamaria Vartolomei) é uma jovem inteligente, culta, audaciosa, ainda que discreta e circunspecta. Ela estuda literatura, apesar de ser de uma família humilde, que luta para educá-la. Quando se depara com uma gravidez indesejada, decide que não vai levá-la adiante. Mas em um tempo em que o aborto ainda era ilegal na França, o que ela pensa, sente e quer parece não fazer a menor diferença para quem, apesar de próximo, não vive e não entende o que a jovem está passando. Ainda que a direção de Diwan clássica e que a forma do longa não ofereça nenhuma revolução de linguagem, é o coração, ou as vísceras, do público que ela conquista quando mostra com sobriedade, mas sem rodeios, as humilhações e dores, tanto psicológicas quanto físicas, que Anne enfrenta.
Sugestão do Roberto Sadovski007 CONTRA GOLDFINGER | A clássica cena da mulher banhada em ouro é um dos momentos memoráveis do longa | Imagem: Divulgação/MGM |
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- Onde: Prime Video, GloboPlay
- O que tem de bom: Pode colocar a culpa em James Bond. A fórmula do cinema de ação como existe hoje, lapidada e aperfeiçoada, teve como ponto de partida "007 Contra Goldfinger". Terceiro filme com a criação de Ian Fleming, a aventura de 1964 solidificou um modelo que misturava cenas de ação empolgantes, vilões exagerados e estrutura narrativa de clímax explosivo. Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig abraçaram esse legado, que não existiria sem o carisma magnético de Sean Connery. Um clássico que merece o título.
| | | Cena do filme "Elisa e Marcela", que traz uma história de amor e luta baseada em fatos | Reprodução |
| | | | Para celebrar o Dia do Orgulho LGBTQIA+ | Na próxima terça-feira, 28 de junho, é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Para marcar a data, separamos alguns filmes que representam esse orgulho - e revelam, independente da orientação sexual ou da identidade de gênero, que amor é amor. ELISA E MARCELA - Assista ao trailer
- Onde: Netflix
- O que tem de bom: Essa é uma história de amor e luta. Conta a trajetória de Elisa Sánchez Loriga, que se viu obrigada a adotar uma identidade masculina para poder se casar com a amada, Marcela Garcia Ibeas, em 1901. Trata-se de um filme baseado em fatos, com o primeiro casamento (que se tem notícia) entre pessoas do mesmo gênero na Espanha. Uma história que deve ser conhecida, embalada por uma bela fotografia em preto e branco.
- O que te faz sentir: amor, admiração
MEMÓRIAS DE UM AMOR | "Memórias de um Amor" traz Colin Firth e Stanley Tuccy em busca de suas memórias | Imagem: divulgação/BBC Films |
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- Onde: UOL Play, Paramount+
- O que tem de bom: Um casal - vivido por Colin Firth ("O Discurso do Rei") e Stanley Tucci ("O Diabo Veste Prada") - viaja de trailer pelos EUA, revisitando amigos e memórias, após um deles ser diagnosticado com demência precoce. O resultado é emocionante, em uma poderosa história sobre amor, vida e memória.
- O que te faz sentir: nostalgia, carinho
FIRE ISLAND: ORGULHO & SEDUÇÃO | 'Fire Island' é uma versão moderna de 'Orgulho e Preconceito' | Imagem: Divulgação/Disney |
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- Onde: Star+
- O que tem de bom: "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen, é certamente um dos mais famosos livros da história. "Fire Island: Orgulho & Sedução" traz mais uma adaptação dessa história, mas com dois grandes twists. O primeiro, é que o enredo se passa nos dias atuais. O segundo é que as identidades de vários personagens são trocadas, focando agora em um grupo de amigos passando uma semana de férias em Fire Island, na costa de Nova York. Com um ótimo elenco, o filme faz uma divertida (ainda que agridoce) comédia romântica gay.
- O que te faz sentir: paixão, liberdade
BIXA TRAVESTY
| Linn da Quebrada é a estrela de 'Bixa Travesty' | Imagem: Divulgação |
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