O repórter Carlos Madeiro escreve hoje sobre um fio de esperança no Norte do Brasil. Seis meses após relatar um caos no sistema de saúde que deixou hospitais sem oxigênio e fila de carros funerários em cemitérios, em Manaus, ele aponta agora para uma estabilidade no número de casos e na transmissão do coronavírus, sem indicativos de formação de uma terceira onda no Amazonas. Em 22 de junho, segundo a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), Manaus chegou a ter um dia sem mortes nem enterros por covid. Durante o pico da pandemia, chegou a haver 198 sepultamentos por dia. Nem tudo está tão controlado. O vírus ainda circula bastante no estado, com uma média de 500 novos casos confirmados diariamente. Mais um dos motivos para essa melhora está na vacinação. Com 4,2 milhões de habitantes, o estado atingiu a marca de 2 milhões de doses aplicadas na quarta-feira. Hoje, quem tem mais de 26 anos em Manaus já pode se vacinar —só está atrás de São Luís em menor faixa etária, sem comorbidades. A situação de Manaus concentra atenções do restante do país porque foi a cidade que primeiro vivenciou o pico nas duas ondas registradas, em 2020 e 2021. Mas especialistas também apontam que as medidas restritivas fizeram diferença, embora adotadas tardiamente. Até a quarta-feira, Manaus havia registrado 9.164 mortes de covid. Já o estado chegou a 13.313. Em mortalidade média, Amazonas está atrás apenas de Rondônia e Mato Grosso e empatado com o Rio de Janeiro: 321 mortes por 100 mil habitantes.
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