A viagem de Vagner Roberto Raposo Olzon, 49, o Fusca, ao Paraguai e à Bolívia em meados de 2007, a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital), marcou o início do processo de internacionalização da maior facção criminosa do Brasil no mercado das drogas. A reportagem é de Josmar Jozino, colunista do UOL, e está na segunda temporada da série documental "Primeiro Cartel da Capital". A ida do emissário aos países vizinhos da América do Sul teve como objetivo a negociação do fornecimento mensal de uma tonelada de cocaína, além de armas e de explosivos para a "família PCC". Os detalhes da viagem de Fusca à Bolívia e ao Paraguai foram narrados por ele mesmo em uma carta de oito páginas escrita para a liderança do PCC presa à época na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). A correspondência, no entanto, não chegou aos destinatários, porque foi apreendida quando ele foi preso pela Rota. Mas ele contou como a facção investia o dinheiro ilícito na compra de veículos, ajuda a parentes de presos e até na contratação de advogados. Cumpriu pena em presídios do estado sem a presença de integrantes do PCC. Saiu em liberdade em 21 de agosto de 2019.
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