Depois de semanas agitadas e implicações contra o governo, a CPI da Covid deve ter um ritmo menos midiático nos próximos dias. Nos bastidores, porém, o duelo entre senadores da situação e da oposição segue em alta temperatura. Enquanto os críticos do governo Jair Bolsonaro (sem partido) devem voltar a dar ênfase às discussões sobre a cloroquina, apoiadores do presidente pretendem aumentar a cobrança para que a investigação se estenda aos governadores. Além disso, o plenário deve aprovar na quarta as reconvocações do ex-ministro Eduardo Pazuello e possivelmente do atual chefe da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga. A semana começará com a oitiva de Mayra Pinheiro, conhecida nos corredores do Ministério da Saúde como "capitã cloroquina". Titular da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação, ela ganhou projeção não pela atuação à frente da pasta, e sim pela defesa nas redes sociais da prescrição de medicamentos sem eficácia científica comprovada no tratamento da covid, como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina. Mayra será ouvida amanhã (25), a partir das 9h, e há expectativa entre os congressistas de que ela mantenha seu posicionamento favorável ao que chama de "tratamento precoce" da covid. Nenhum medicamento comercializado no mundo hoje tem a indicação específica para ser usado no início da doença ou para prevenção. Os acontecimentos da CPI da Covid e toda movimentação no Planalto são os destaques de hoje do UOL.
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