O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, alterou na noite de hoje a prisão preventiva do prefeito afastado do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) para prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Crivella chegou na noite de hoje ao presídio de Benfica, na zona norte carioca, após participar de audiência de custódia no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) conduzido pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita. Depois de ingressar no presídio de Benfica, porta de entrada do sistema prisional, Crivella seria conduzido para o Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Porém a liminar dada pelo presidente do STJ poderá fazer com que o prefeito deixe o presídio ainda hoje. Na sentença, Martins determinou as seguintes condicionais: - Uso de tornozeleira eletrônica;
- Proibição de manter contato com terceiros;
- Entrega dos telefones celulares, computadores e tablets às autoridades;
- Proibição de sair de casa sem autorização;
- Proibição de usar telefones celulares.
As medidas decididas na liminar são válidas até que o habeas corpus solicitado pela defesa de Crivella seja avaliado pelo ministro do STJ Antonio Saldanha Palheiro, relator do pedido. Pela manhã, Crivella negou as acusações e se disse vítima de "perseguição política". Ele e mais 25 alvos foram denunciados pelo MP pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. Crivella disputou a reeleição em novembro, mas foi derrotado por Eduardo Paes no segundo turno. Ele era apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Determinação de prender Crivella A desembargadora Rosa Helena defendeu a prisão de Crivella, mesmo a nove dias do fim de seu mandato. A magistrada considerou que, em liberdade, o político poderia dificultar o andamento do processo. Além disso, ela ponderou que os contratos de fraude em licitações continuam em vigor. Organização arrecadou mais de R$ 50 mi, diz MP O suposto esquema de corrupção na Prefeitura do Rio de Janeiro investigado na Operação Hades arrecadou R$ 50 milhões em propinas, segundo o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). As investigações apontam que a organização era liderada pelo empresário Rafael Alves, homem de confiança de Crivella.
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