O governo aguarda o início da vacinação contra o coronavírus para demitir o general Eduardo Pazuello do ministério da Saúde, segundo informa a colunista do UOL Thais Oyama. Pazuello deve ser substituído pelo atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que já ocupou a pasta no governo Michel Temer. De acordo com a colunista, assessores próximos do presidente dizem que Jair Bolsonaro atrapalhou o trabalho do ministério no combate à pandemia, como quando obrigou Pazuello a recuar no acordo de compra da CoronaVac. Antes disso, porém, o general já havia enfrentado episódios como o dos quase 7 milhões de testes para diagnóstico do coronavírus flagrados à beira do vencimento num galpão em Guarulhos. E, mais recentemente, o pregão eletrônico para compra de agulhas e seringas, tardiamente realizado pelo ministério da Saúde e que, das 331 milhões unidades necessárias, só conseguiu comprar até agora 7,9 milhões. Enquanto isso, Bolsonaro aproveitou hoje o dia de folga no litoral de São Paulo, onde passará o Ano Novo com a família, para passear na praia. Em dia ensolarado na Baixada Santista, ele caminhou pela areia e parou para cumprimentar e conversar com apoiadores. A presença do governante no local atraiu dezenas de pessoas e provocou aglomerações. VacinasA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) atualizou ontem o guia de uso emergencial de vacinas contra a covid-19, que trata dos requisitos mínimos para submeter a solicitação de autorização temporária para aplicar o imunizante no Brasil. Segundo o órgão, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que é o laboratório brasileiro parceiro da AstraZeneca — responsável pela vacina de Oxford —, irá pedir o registro para o uso emergencial. Em São Paulo, um novo lote com 1,6 milhão de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, chegou nesta manhã ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, totalizando mais de 10 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. Mas para que possa ser distribuído e aplicado, o imunizante ainda precisa de autorização da Anvisa. A vacinação em São Paulo está prevista para iniciar em 25 de janeiro.
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