quarta-feira, 1 de abril de 2020

O ESSENCIAL: Recado e isolamento levaram Bolsonaro a mudar de tom

E mais: coronavoucher, mortes de jovens, reajuste de remédios
Caso não esteja visualizando corretamente esta mensagem, acesse aqui.
RIO, 1º DE ABRIL de 2020
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
Olá, bom dia.

Confira as principais notícias do dia.

Boa leitura!
 
A mudança de tom adotado pelo presidente Jair Bolsonaro em seu pronunciamento sobre a crise do coronavírus ontem foi construída além dos gabinetes do Palácio do Planalto. Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso fizeram chegar ao governo a avaliação de que era preciso mudar a forma como o presidente vinha apresentando suas convicções à população. O ministro Jorge Oliveira (Secretaria de Governo) atuou para ajustar o discurso.

O que foi dito: pela primeira vez, Bolsonaro não defendeu o fim do isolamento social. Ele reconheceu a gravidade da crise e agradeceu a “colaboração e união de todos” , com menção aos governadores. Também disse que é preciso evitar “o máximo qualquer perda de vida humana” e foi mais cauteloso ao falar da hidroxicloroquina, substância que têm sido testada contra a Covid-19. O presidente citou declaração incompleta do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.
 
Embora seja considerado o grupo mais vulnerável aos efeitos da pandemia do novo coronavírus, os trabalhadores que não estão inscritos em nenhum programa do governo serão os últimos a receber o auxílio emergencial de R$ 600 , batizado de “coronavoucher”. O governo federal decidiu iniciar o repasse pelos beneficiários do Bolsa Família, o que pode começar no próximo dia 10. Trabalhadores informais inscritos no Cadastro Único, microempreendedores individuais (MEI) e autônomos também estão antes na fila do benefício. O projeto, já aprovado pelo Congresso, ainda aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O que está acontecendo: o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cobrou agilidade do governo. O ministro Paulo Guedes (Economia) se queixou da pressão e disse que enfrenta problema para indicar as fontes de recursos necessárias. O custo do auxílio é estimado em R$ 80 bilhões.

Analítico: a urgência da situação precisa ser entendida pelo governo como uma alavanca para vencer as complexidades burocráticas, afirma Renato Andrade. A demora significa a quebra de empresas, o desemprego de centenas e o aumento do desespero de quem já não tem nada.

Fique atento: o Senado deve votar hoje proposta que amplia o auxílio emergencial para outras categorias. O texto, ainda em discussão na Casa, está sendo chamado de “pacotão social”.
 
O Brasil tem percentual de jovens e adultos mortos por Covid-19 maior do que a China , indicam dados preliminares do Ministério da Saúde. Vinte entre 201 vítimas fatais do coronavírus no país tinham menos de 60 anos — 10% dos óbitos. Entre os chineses, a parcela de mortes nessa faixa etária foi de 6%. Falhas na notificação dos casos podem alterar o resultado. O governo brasileiro diz esperar que a doença se comporte como se viu em outros países. Há médicos que demonstram preocupação sobre a ação do vírus entre os mais jovens. No Rio, a segunda faixa etária com mais internações é a de 30 a 39 anos.

Entrevista: Roberto Medronho, chefe da Divisão de Pesquisa do Hospital Universitário Clementino Fraga, da UFRJ, alerta para casos gravíssimos entre os jovens e compara a epidemia no Brasil com a disseminação na Itália: “Nossa situação é pior porque temos mais idosos. São 21 milhões de brasileiros”.
O Brasil dos grandes grupos de medicina privada capotou com a epidemia. A conta da Covid-19 está nas costas do SUS, o patinho feio da medicina nacional
Viu isso?
Sem trabalho: a taxa de desemprego avançou para 11,6% em fevereiro, antes da pandemia de coronavírus, e atingia 12,3 milhões de brasileiros.
Preço mantido: o reajuste dos preços de medicamentos no país será suspenso por dois meses, anunciou o governo.
Batalhas na Justiça: Luís Roberto Barroso, do STF, proibiu o governo de contratar campanha contra medidas de isolamento. E o TRF-2 revogou decisão que suspendeu decreto sobre igrejas e lotéricas.
Planejando medidas: o governo do Rio formou conselho de cientistas de seis instituições para traçar estratégias para frear a pandemia.
Equipe de Crivella: a secretária de Saúde do Rio, Ana Beatriz Busch, testou positivo para coronavírus. Prefeitura tem três casos suspeitos.
Clubes unidos: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco mobilizam campanha para arrecadar fundos para o combate ao coronavírus.
Epidemia nos EUA: com 3.800 mortos, Trump alertou americanos para duas semanas “muito difíceis”. Governo cogita suspender voos do Brasil.
Geopolítica: os EUA apresentaram plano de transição na Venezuela sem a participação de Nicolás Maduro. Em troca, retirarariam sanções.
Enem 2020: o MEC manteve o cronograma do exame e marcou início das inscrições para 11 de maio. Já a Uerj adiou primeira fase do vestibular.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo
‘Daqui não saio’, nova obra do italiano Marco Balzano, resgata história de vila que se aliou a Hitler para resistir a Mussolini
Mostras da DreamWorks no Rio e em BH ocupam 1º e 2º lugares, enquanto a de Ai Weiwei na sede carioca ficou em 3º. Louvre é o museu mais popular
Estas são as principais notícias desta manhã.  Aproveite e receba as outras newsletters do GLOBO. Inscreva-se aqui.

Obrigado pela leitura!
(21) 4002-5300 - Capitais e grandes cidades | 0800 021 8433 - Demais localidades
Ainda não é assinante do Globo? Ligue 4002-5300 ou acesse ›
Esse email foi enviado para canaltutodroid.nega@blogger.com
Caso não queira mais receber esta newsletter diária acesse esse link.

Nenhum comentário:

Postar um comentário