quarta-feira, 1 de abril de 2020

EM QUARENTENA: Brasil perde para os EUA equipamentos médicos encomendados à China

E mais: alta de contágios, medidas econômicas, contradições de Bolsonaro
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1º de abril de 2020
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
Na entrevista convocada para informar que a epidemia do novo coronavírus matou 240 pessoas e infectou 6.836 no país, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) revelou que o Brasil deixará de receber equipamentos médicos necessários para o combate ao vírus . O material já estava comprado de fabricantes chineses, mas o governo dos Estados Unidos adquiriu grandes quantidades dos itens, o que atravessou o negócio. Segundo Mandetta, os americanos enviaram 23 aviões cargueiros para transportar os equipamentos. Fornecedores informaram ao governo brasileiro que não têm mais estoques.

Foco da crise: epicentro da epidemia no país, o estado de São Paulo pode ter 201 mortes a mais do que as 136 já confirmadas. As duas centenas óbitos aguardam o resultado de exames para saber se têm relação com a Covid-19. O governo estadual espera o resultado dos testes em 24 horas e admite ter 16 mil exames represados.

Em detalhes: o Rio segue atrás de São Paulo na relação dos estados com mais notificações de coronavírus, com 832 casos e 28 mortes. O Ceará tem 444 doentes confirmados e 8 mortes. Veja o estágio da epidemia em cada estado.

Medida alternativa: o governo federal cogita usar o IBGE para identificar o número de pessoas contaminadas com o coronavírus no país. O Ministério da Saúde encomendou um estudo sobre a viabilidade da ação. A proposta é coletar e analisar amostras de sangue de 99.750 pessoas.
A pandemia de coronavírus caminha para superar a marca de 1 milhão de infecções, afirmou a Organização Mundial da Saúde. Nesta quarta-feira, as notificações da Covid19 em 180 países passaram de 920 mil contágios e 46 mil mortes . Os Estados Unidos têm o maior número de casos (200 mil), e a Itália, o de óbitos (13 mil). A Espanha, que também superou 100 mil contágios, registrou novo recorde de mortes diárias: 864 falecimentos em 24 horas.

O que está sendo feito: a Alemanha prorrogou restrições à circulação de pessoas até 19 de abril. O Japão decidiu proibir entrada de pessoas de 73 países e pôr em quarentena quem chegar do exterior. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, passou a trabalhar em casa, um dia depois de confirmada a contaminação de médico com quem se reuniu.
O governo brasileiro contabiliza gastos na ordem de R$ 200 bilhões com quatro medidas anunciadas para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia. A principal delas é o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, com custo estimado em R$ 98 milhões — batizado de “coronavoucher”, o programa alcançará 54 milhões de pessoas. Outras três medidas provisórias serão editadas nos próximos dias, afirmou o ministro Paulo Guedes (Economia), ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Confira o que já foi anunciado pelo Palácio do Planalto e a situação de cada ação.

Em paralelo: o Senado aprovou, por unanimidade, o projeto que inclui 19 categorias de trabalhadores no repasse do “coronavoucher”. O texto, chamado de “pacotão social”, também inclui medidas sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante da Educação Superior (Fies) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O que está acontecendo: o governo enfrenta necessidade de criar uma estrutura inédita para distribuir os R$ 600. O principal entrave é a falta de conhecimento do universo dos trabalhadores informais que estão fora dos cadastros oficiais. Algumas regras dificultam o trabalho dos técnicos para identificar quem se enquadra no novo benefício.
Em meio aos esforços para frear o crescimento acelerado de casos de Covid-19, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) emitiram alertas para um potencial efeito colateral da pandemia: o risco de escassez de alimentos. Em comunicado, as entidades multilaterais pedem garantias aos negócios, ao fluxo de exportações e à proteção dos trabalhadores.

Em paralelo: na busca por soluções econômicas, a União Europeia propôs a redução da jornada de trabalho nos 27 países do bloco. A medida será baseada em programa alemão, terá contrapartida financeira da UE e tem como objetivo evitar demissões. Na Argentina, o governo de Alberto Fernández proibiu demissões e suspensões de trabalhadores por 60 dias.
NO BRASIL
6.836
CONFIRMADOS
240
MORTOS
NO MUNDO
921.924
CONFIRMADOS
46.252
MORTOS
Guia reúne orientações de médicos e do Ministério da Saúde para manter a saúde durante a pandemia de coronavírus
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Surpreendido no governo: o ministro da Saúde foi excluído de reunião de Bolsonaro com médicos. Ele ficou sabendo do encontro pelos profissionais de saúde.
Sinais trocados: após pregar união em pronunciamento, presidente voltou a criticar governadores. Em seguida, recuou novamente a apagou vídeo com críticas.
Ligação entre governos: Bolsonaro e Trump conversaram por telefone, um dia após o americano afirmar que pode barrar voos do Brasil.
Compulsório: a Justiça do Mato Grosso obrigou um paciente com suspeita de Covid-19 a se isolar por 14 dias, sob pena de multa de R$ 1 mil.
Lar do médium: enviado à prisão domiciliar, João de Deus está recolhido em mansão com elevador e cama de cristal. Assista ao vídeo.
Vírus na realeza: contrair a Covid-19 foi uma “experiência estranha, frustrante e angustiante”, afirmou o príncipe Charles em vídeo.
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Durante o isolamento, planejar o cardápio para as próximas semanas e apostar em alimentos que garantem a imunidade podem fazer a diferença
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