quinta-feira, 26 de março de 2020

O ESSENCIAL: Economistas receitam aumento dos gastos públicos para salvar vidas

E mais: críticas de cientistas, projetos na Câmara, festival #tamojunto
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RIO, 26 DE MARÇO de 2020
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Economistas que sempre foram favoráveis ao controle rígido das contas públicas ressaltam a importância de salvar vidas e que, na crise do novo coronavírus, o caminho para isso é aumentar gastos do governo federal . Consultados pelo GLOBO, eles alertam que é hora de o Estado agir, socorrendo trabalhadores que estão perdendo renda, pequenas empresas e até os estados. Quando a crise sanitária for vencida, o governo deve retomar a política de ajuste fiscal e reativar o investimento público para estimular a economia.

Em detalhes: levantamento da consultoria Tendências mostra que o governo anunciou 40 medidas em sete dias, que totalizam cerca de R$ 345 bilhões. “O que foi anunciado até aqui é pífio comparado a outros governos”, afirmou o economista José Roberto Afonso, um dos responsáveis pela criação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Na Europa, os pacotes anunciados até agora somam € 1,8 trilhão (R$ 9,85 trilhões).

Em paralelo: empresários realizaram videoconferência para debater a crise. No encontro virtual, criticaram a resposta econômica e reclamaram de falta de liderança no governo. O empresariado discute o momento certo de reabrir os negócios e teme retomar atividades sem que os brasileiros voltem a consumir.

O que está acontecendo: o governo prepara uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução em 25% dos salários e da jornada de trabalho dos servidores públicos federais. A medida valeria até o fim de 2024. O dinheiro poderia ser direcionado para o combate à pandemia.
 
O relaxamento de medidas de confinamento e a adoção de isolamento apenas para idosos, conforme defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, seria “jogar lenha na fogueira”, afirmam especialistas consultados pelo GLOBO. Ontem, políticos, técnicos da saúde e até o vice-presidente Hamilton Mourão reagiram às declarações de Bolsonaro. Dezenove instituições ligadas a saúde, ciência e educação repudiaram o pronunciamento de Bolsonaro.

O que dizem os cientistas: permitir a mobilidade das pessoas exigiria testes em quem voltar ao convívio social e poderia provocar mais mortes, afirmam. O “isolamento vertical”, destinados exclusivamente aos idosos e a quem já apresenta problemas pulmonares, não garante blindagem a eles e fará o vírus circular mais rápido pela sociedade. Com mais infecções, o sistema de saúde entrará em colapso.

Outro olhar: pesquisadores de quatro universidades sequenciaram o genoma do novo coronavírus em pacientes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O resultado obtido é a prova genética da transmissão comunitária do Sars-CoV-2. O vírus já sofreu mutações no Brasil.
Bolsonaro está isolado por escolha própria, já não governa mais. Um movimento de desobediência civil está instalado no país desde o primeiro panelaço
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Grupo de risco: 8,6 milhões de idosos e pessoas com doença crônica trabalham por conta própria. Eles correspondem a 33% dos trabalhadores informais do país e devem adotar quarentena.
Valem durante a crise: a Câmara aprovou proposta que autoriza consultas médicas à distância e projeto que permite distribuição de merenda às famílias de alunos sem aulas.
Retratos da rede pública: sucateada, unidades de saúde básica do Rio têm improvisado e montado tendas para receber pacientes de Covid-19.
Risco de contágio: cerca de 300 mil casas da Região Metropolitana do Rio têm apenas um quarto para mais de três pessoas.
Prevenção precária: autoridades internacionais alertaram para o risco de contaminação de refugiados, que vivem em acampamentos sem acesso à rede de esgoto e à água.
Mudança de tom: o presidente russo Vladimir Putin adiou referendo que pode mantê-lo no poder até 2036 e criou feriado de 9 dias após a Rússia registrar 658 casos de infecção.
Recuo após críticas: comparado a Bolsonaro por não adotar medidas restritivas ao coronavírus, o presidente do México, López Obrador, anunciou a suspensão de todas as atividades não essenciais no país.
Bola parada: a Federação de Futebol do Rio ampliou a suspensão do Campeonato Carioca até 30 de abril. Flamengo e Fluminense deram aval para montagem de hospital no Maracanã.
Marcelo Melchior, presidente da Nestlé
Virologista Amilcar Tanuri explica o que significaria abandonar a estratégia de isolamento social neste momento
Segundo fim de semana do evento virtual terá mais de 40 artistas. Hoje também começa a versão on-line do É Tudo Verdade, de documentários
Sites que transmitem imagens captadas por todos os continentes mostram locais públicos, pontos turísticos e até bases científicas em regiões remotas
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