O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite de ontem rendeu repercussões e críticas de figuras políticas e da comunidade médica durante todo o dia. O discurso contraria o que os especialistas vêm dizendo há semanas. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, mandou uma resposta direta ao presidente: "Em muitos países, as UTIs estão lotadas e essa é uma doença muito séria". A reação dos governadores foi subir o tom e manter as medidas restritivas que já estão sendo impostas nos estados. Hoje pela manhã João Doria (PSDB-SP) bateu-boca com o presidente em uma teleconferência. Governador de Goiás e médico, Ronaldo Caiado (DEM) anunciou o rompimento com Bolsonaro. No Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) alertou que pode responsabilizar legalmente empresários que desrespeitem os decretos de restrição de funcionamento de estabelecimentos para atender o que o presidente. Por que população não deve seguir pronunciamento de Bolsonaro Durante pronunciamento ontem, Bolsonaro afirmou que a orientação do governo federal será que a população adote, a partir de agora, o "isolamento vertical" — deixando apenas idosos, pessoas com doenças preexistentes e indivíduos infectados ou com sintomas causados pelo novo coronavírus fora das atividades de suas comunidades. O problema, concordam autoridades mundiais na área, é que, se as pessoas que circularem normalmente na sociedade morarem com indivíduos do grupo de risco, esses continuarão expostos aos riscos do novo coronavírus. Em todo o mundo, quase quatro em cada dez pessoas tiveram suas rotinas afetadas em razão do novo coronavírus. Ao menos 3 bilhões de habitantes do planeta vivem com alguma medida, determinada por seus governos, de quarentena, isolamento social ou restrição de circulação para conter o avanço da covid-19. O número é o equivalente a cerca de 40% da população mundial. |
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