Bom dia!
O conflito no Oriente Médio, que agora envolve, além de Israel e Palestina, o Líbano e o Irã, começa a deixar suas marcas no mercado financeiro. A mais proeminente é a alta do petróleo, mas há ainda a queda nos futuros americanos e o desempenho misto dos índices europeus.
Ainda assim, os reflexos são relativamente comedidos. O petróleo, por exemplo, sobe a US$ 75 por barril, muito distante dos preços máximos registrados em 2024, na casa dos US$ 90. Isso porque o conflito segue aparentemente localizado enquanto há incerteza sobre a real demanda pela matéria-prima, justamente em um momento em que a Arábia Saudita está mais disposta a elevar sua produção.
Futuros repiques dependem mais de um agravamento do conflito, algo que não parece ser uma grande aposta dos investidores.
Os futuros americanos recuam nesta manhã. O dia, no entanto, tende a ser pautado pelo noticiário interno. Os EUA publicam hoje o relatório ADP, que mostra a abertura de vagas de trabalho no setor privado. Ontem, o relatório Jolts de vagas abertas mostrou uma expansão do emprego acima do esperado por analistas, o que coloca em xeque as apostas para o tamanho do próximo corte de juros nos EUA.
No Brasil, o pessimismo da Faria Lima ganhou um rival à altura. A agência de classificação de risco Moody's decidiu elevar a nota de risco do Brasil Ba2 para Ba1, apenas um degrau abaixo do grau de investimento. A perspectiva é positiva, o que significa que a tendência é de nova elevação do rating quando houver uma nova avaliação do país.
Rating mais alto significa que o país oferece um menor risco de calote no pagamento da dívida pública, o que, por sua vez, reduz a taxa de juros que investidores cobram para financiar o governo. Trata-se de uma decisão que deverá gerar uma espécie de queda de braço no mercado de juros, já que investidores brasileiros vinham apostando na alta das taxas para enfrentamento da inflação. Bons negócios.
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