Bom dia investidores, A primeira redução dos juros na China desde agosto pode ajudar o mercado imobiliário no país, o que impulsiona exportadoras de minério de ferro. É o caso da Vale, que estava sofrendo com a queda do preço da commodity. Além disso, mercado está de olho no varejo. Carrefour divulgou seus números ontem depois do fechamento, e o BTG afirmou, em relatório, que o formato de atacarejo está cada vez maior no Brasil. Saiba, em poucos minutos, o que afeta as Bolsas no Brasil e no mundo hoje. O Banco do Povo da China anunciou nesta nesta terça-feira (20) a redução da taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de cinco anos de 4,2% para 3,95% ao ano. A taxa de referência de um ano foi mantida em 3,45% pelo sexto mês consecutivo. O PBoC não alterava os juros desde agosto do ano passado, quando a LPR de 1 ano foi reduzida de 3,55% para 3,45%. Para Étore Sanchez, economista da Ativa Investimentos, o sinal por parte dos chineses "é claro", visto que a taxa de empréstimos de médio prazo é muito associada à compra de propriedades. Ele avalia que a decisão reforçou a perspectiva de que o setor imobiliário será privilegiado neste momento de tentativa de retomada da economia do país. No entanto, apesar da boa sinalização, a medida é "relativamente pequena para destravar o setor, que ainda tem graves problemas", diz o analista. As bolsas chinesas fecharam com leves ganhos após o anúncio - Hong Kong subiu 0,57%, Shanghai valorizou 0,42%, e a bolsa de Tóquio caiu 0,10%. O minério do ferro, no entanto, está em forte queda de 5% e atingiu o menor nível em três meses. As ações da Vale (VALE3) foram impactadas pelo preço da commodity e tiveram uma queda de 0,28% no pregão de ontem. O desempenho da Vale foi uma das principais pressões negativas do Ibovespa, mas que ainda assim fechou com alta de 0,24%, aos 128.725,88 pontos. O Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) divulgou ontem (19) seu balanço referente ao quarto trimestre de 2023.A companhia teve um lucro líquido ajustado (desconsiderando outras receitas e despesas e o correspondente efeito financeiro e tributário) de R$ 520 milhões no período, queda de 5,4%. Sem o ajuste, a companhia registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 565 milhões, frente a um montante positivo de R$ 426 milhões um ano antes. O grupo também anunciou o fechamento de 123 lojas, o que já afetou seus números. Até meados de 2024, a bandeira Todo Dia não fará mais parte do portfólio da marca. Segundo o Carrefour, com o fim da operação dessas lojas, espera-se adicionar aproximadamente R$ 200 milhões de Ebtida por ano (recorrente), uma vez que essas lojas estão em déficit operacional. O atacarejo está cada vez maior no Brasil. O formato de lojas gigantes que misturam atacado e varejo ganhou a preferência dos consumidores brasileiros nos últimos anos, em busca de preços baixos, diz relatório do banco BTG. Hoje, cerca de 73% dos consumidores brasileiros visitam atacarejos - esse número era de 62% em 2019 - e hipermercados perderam espaço, de 46% para 35% no mesmo período. Empresas como o Carrefour, dono do Atacadão, Assaí e Grupo Mateus se beneficiam dessa mudança, diz o BTG. Para o banco, o atacarejo é o formato de varejo alimentar mais resiliente do Brasil. Americanas adiou o balanço mais uma vez.Ela deve divulgar seus números dos nove primeiros meses de 2023 no dia 26 de fevereiro, antes da abertura do mercado, e terá teleconferência logo em seguida. A companhia disse, em fato relevante, que "ainda não foi possível cumprir todo o rito interno de aprovação previsto na governança da Companhia". Mercado aguarda os balanços da Gerdau (GGBR4), Telefônica (Vivo, VIVT3) e Iguatemi (IGTI11), após o fechamento de mercado. Bradesco pode ter recuperação lenta, mas Goldman Sachs eleva recomendação. O GS, que havia recomendado a venda das ações BBDC4 em janeiro, mudou novamente a sua análise do banco brasileiro, em relatório divulgado hoje. A divulgação do plano estratégico do Bradesco para sua recuperação nos próximos cinco anos melhora a previsibilidade, diz o GS, ainda que a execução desse plano siga uma incógnita. Afirma ainda que as ações caíram significativamente depois da divulgação de resultados, e que hoje o valor da empresa na Bolsa está balanceado. A recomendação é neutra, com preço alvo de R$ 14, uma valorização de 2,6% em relação ao fechamento de ontem. Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda-feira (20): Dólar: -0,0%, a R$ 4,962 B3 (Ibovespa): 0,24%, aos 129.035,74 pontos Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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