Bom dia!
Os futuros americanos começam esta quarta-feira no positivo e isso costuma ser boa notícia para o Ibovespa. Nesta Quarta-feira de Cinzas, porém, há uma chance maior de que a bolsa brasileira fique para trás.
É que a alta de hoje em Wall Street é um mero ajuste de um tombo expressivo registrado na véspera, causado pela surpresa negativa com a inflação americana. Por lá, os preços desaceleraram a 3,1% no mês de janeiro, menos que os 2,9% esperados pelos economistas. O resultado foi um reajuste nas expectativas de quando o Fed (o BC americano) começará a cortar os juros por lá. As apostas se moveram de maio para a reunião de junho.
Nada apocalíptico, mas o suficiente para um tropeço que depois se ajusta. Ontem, as bolsas americanas recuaram mais de 1%, se distanciando das máximas históricas recentes. O EWZ, o ETF que representa a bolsa brasileira em Nova York, recuou pesados 2,86%.
Na prática, esse é um indício de que o Ibovespa poderá cair neste pregão – que começa apenas à tarde, por sinal. Isso porque investidores tendem a equiparar os preços aqui e em Wall Street. O EWZ também começa esta quarta em alta, em modestos 0,15%. É pouco para amenizar a queda de ontem.
Isso tudo num dia de agenda esvaziada. Aqui, não há agenda de autoridades e a temporada de balanços ainda é devagar.
Mesmo lá fora o ritmo é mais lento. A China segue com o mercado fechado para o feriado de Ano Novo Lunar. A excessão é a Europa, que segue sua temporada de resultados em velocidade mais intensa. Um dos destaques do dia é a Heineken. A companhia anunciou esperar um 2024 difícil, reflexo da inflação ainda persistente. As ações da cervejeira caem mais de 5% em Amsterdã. Nada capaz de afetar o bom humor geral na Europa.
Que o mesmo ânimo sopre na Faria Lima. Bons negócios.
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