A Polícia Federal encontrou, na casa de Alexandre Ramagem, documentos relativos a uma operação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em comunidades do Rio de Janeiro (RJ), revelou nesta terça-feira (6) a repórter Natália Portinari. Ex-diretor da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro e hoje deputado federal do PL pelo Rio de Janeiro, Ramagem é alvo de uma investigação da PF que apura como a agência foi usada em ações ilegais de espionagem contra adversários de Bolsonaro. Policiais federais próximos de Ramagem, na equipe conhecida como "Abin paralela", são suspeitos de ter executado essas operações, segundo a PF. Leonardo Sakamoto questiona se a espionagem da Abin teria sido usada para fornecer informações às milícias no Rio de Janeiro interessadas em ganhar terreno em comunidades dominadas pelo tráfico. Segundo ele, há vários indícios a mostrar possíveis ligações entre milicianos e a família Bolsonaro. "Os documentos encontrados na casa de Ramagem podem ser a ponta de um novelo de lã que termine mostrando a promiscuidade da gestão passada com a criminalidade", escreve. Já o colunista Wálter Maierovitch afirma que se o caso da Abin não chegar a Bolsonaro vai se tratar de um "exemplo de impunidade". "Toda essa atividade não foi feita de graça, só por mera bisbilhotice. Há um interessado", afirma Maierovitch. Bolsonaro nega ter tido conhecimento sobre a espionagem ilegal durante seu governo. Natália Portinari: PF encontra documentos de operação da Abin com Ramagem Leonardo Sakamoto: Espionagem do tráfico pela Abin de Bolsonaro ajudou a milícia no Rio? Wálter Maierovitch: Caso da Abin não chegar a Bolsonaro será exemplo de impunidade Josias de Souza: Mania de pequena grandeza leva Ramagem a ter o surto de Trump |
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