Bom dia!
A economia chinesa tem somado sinais de desaceleração. Nesta quinta, o país anunciou a maior deflação em mais de 14 anos. Os preços ao consumidor recuaram 0,8% em janeiro, isso após uma queda de 0,3% em dezembro.
Par anós, brasileiros, que estamos mais acostumados com o problema da inflação elevadíssima, sempre soa um pouco contraintuitivo. Mas deflação é um problema grave para a economia. Isso porque o melhor incentivo que existe para adiar uma compra é saber que você pagará menos por ele no futuro. E é isso o que a deflação sinaliza. Todo mundo adia compras não essenciais e a roda da economia não gira mais na mesma velocidade.
As razões de fundo para os problemas chineses são várias: vão da crise imobiliária a mudança de hábitos da população após uma prolongada política de Covid-zero. Há impactos no mercado de capitais, e a queda das bolsas – que já perdem mais de US$ 7 trilhões em valor de mercado desde 2021 – afeta a poupança das famílias e a disposição para consumir.
Apesar dos dados de deflação pesada, o índice chinês CSI 300 voltou a subir, isso enquanto Hong Kong seguiu em queda. O minério também avançou – o que sempre é bom sinal para o Ibovespa. Veja os números abaixo.
A subida pode ser atribuída a um ajuste dos compradores na véspera de feriado. Já a partir desta sexta, as bolsas fecham por uma semana para o Ano Novo Lunar, um grande fenômeno migratório que paralisa parte das atividades enquanto a população celebra a data.
No Brasil, a inflação também deve ajudar a ditar o humor dos investidores. O IBGE divulga logo mais, às 9h, o IPCA de janeiro. Economistas esperam que os preços tenham desacelerado para 0,35%, abaixo dos 0,56% de dezembro.
Para além do cenário macro, o Ibovespa ainda tem os balanços das empresas para acompanhar. Ou esperar, já que os principais resultados saem após o fechamento do mercado. Destaque para o Banco do Brasil, que encerra a temporada de balanços dos bancões após o massacre registrado pelo Bradesco.
Também quando o dia terminar, a Petrobras publicará os dados operacionais do último trimestre de 2023, números que funcionam como uma prévia dos resultados financeiros da companhia.
Nos EUA, S&P 500 e Dow Jones fecharam nas suas máximas históricas. Já nesta manhã, os futuros voltam a ficar em cima do muro, com leve viés de queda, à espera do noticiário. Já o EWZ vai subindo sólidos 0,93% no pré-mercado. Bom sinal para o Ibovespa. Bons negócios.
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