Bom dia!
Fevereiro chegou trazendo o sinal positivo de volta a Wall Street. Os futuros americanos amanhecem todos no azul, mas isso após um último pregão sangrento em janeiro.
Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, foi claro em dizer que investidor algum deve contar com a queda dos juros americanos na reunião de março, tirando de vez da mesa uma aposta que ajudou a impulsionar as bolsas nos últimos dois meses. Foi uma carnificina nas bolsas, que levou o índice Nasdaq a cair mais de 2% no último pregão de janeiro.
Vale lembrar: o ajuste de velas para o positivo é um movimento comum dos mercados após altas ou quedas muito bruscas.
O dia de hoje, então, deve ser dedicado a ruminar as notícias de ontem. A agenda é relativamente fraca aqui e no exterior, pelo menos enquanto a bolsa estiver aberta.
Na Europa, a inflação da zona do euro desacelerou para 2,8% em janeiro, menos que os 2,7% esperados por economistas. O número indica que o Banco Central Europeu, assim como o Fed, deve adiar o início do corte de juros. Em janeiro, Christine Lagarde, a presidente do BCE, já havia sinalizado que as primeiras reduções devem vir no verão europeu, ou seja, a partir de junho. Nos EUA, a aposta agora é de cortes em maio.
Se durante o dia investidores têm poucas notícias no radar, a coisa muda de figura após o fechamento. Os balanços de big techs nos EUA devem animar o after-market e indicar o rumo das bolsas em fevereiro. Estamos falando de Apple, Amazon e Meta (ou Facebook, se você é apegado aos nomes originais das empresas). Vale lembrar que a reação dos mercados aos números de Microsoft e Google foram bastante negativas.
No Brasil, investidores têm como base para os negócios a decisão do Copom, que cortou a Selic em 0,50 p.p pela quinta reunião seguida. Agora a taxa de juros está em 11,25%. Só que há pouco material para trabalhar: o comunicado sobre o encontro foi praticamente um copy+paste dos textos passados e, como esperado, Roberto Campos Neto, presidente do BC, e seus colegas indicaram que vão continuar a baixar a Selic na mesma velocidade.
Mas se a indicação é de alta em Nova York, o mesmo não se pode dizer da B3. O EWZ, o ETF da bolsa brasileira nos EUA, começou o dia com queda de 0,73%. E pior, não podemos nem culpar nossas gigantes Vale e Petrobras: as duas têm viés de alta para o dia.
Bons negócios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário