Bom dia, investidores, O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Haddad, se reúnem hoje para discutir a reoneração da Folha. Além disso, investidores em todo o mundo aguardam a publicação da ata do Fed, o banco central americano, que deve ser feita às 16h de Brasília. Todos estarão de olho em dicas sobre quando os juros dos EUA devem começar a cair, e isso afeta o real e a Bolsa brasileira, a B3. A temporada de balanços também está a todo vapor. A newsletter de hoje analisa as expectativas para os números de Pão de Açúcar e Assaí, que saem depois do fechamento, depois dos resultados acima do esperado do Carrefour. Por fim, hoje é a data limite para garantir proventos do Banco do Brasil pagos neste mês. O mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), do dia 31 de janeiro. Na ocasião, a instituição manteve os juros entre 5,25% e 5,5% ao ano. O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) destacou que não era apropriado reduzir a faixa de juros "até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%". Com dados de inflação que vieram acima do esperado, a expectativa é que o primeiro corte seja adiado possivelmente para junho. "Parece pouco provável que um tom mais duro, cenário que julgamos dominante, reprecifique os ativos", diz Étore Sanchez, da Ativa Investimentos. O presidente Lula e o ministro da Fazenda Fernando Haddad se reúnem hoje às 10h para discutir um possível projeto de lei sobre a reoneração da folha de pagamentos. Na tarde de ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo não descarta a possibilidade de edição de um PL para tratar do tema, desde que essa saída seja tomada a partir de um acordo com o Congresso Nacional. Na segunda-feira (19), o líder do governo no Congresso, Randfolfe Rodrigues (Sem partido - AP) já havia indicado que a tendência é que um projeto seja encaminhado em regime de urgência. No entanto, o texto deve prever uma redução do benefício apenas a partir de 2025. Mercado também espera os resultados do Pão de Açúcar e Assaí, que saem após o fechamento. Para a EQI Research, os resultados devem ser fracos para todo o setor de varejo de alimentos e farmacêutico. Mesmo assim, no longo prazo, a empresa preferida da EQI Research é o Assaí - a expectativa é que a receita cresça 16,4% e chegue a R$ 18,57 bilhões. O Investing.com espera um lucro de R$ 0,22 por ação para o Assai, com receitas de R$ 18,73 bilhões, e prejuízo de R$ 0,62 para o Pão de Açúcar, com receitas de R$ 5,26 bilhões. Os resultados do Carrefour vieram acima das expectativas, e as ações fecharam o dia de ontem em alta de 11,16%. Os investidores continuarão focados na operação do Atacadão, diz o Goldman Sachs, que tem recomendação de compra para o Carrefour e acredita que a ação pode se valorizar até 29% em um ano. WEG (WEGE3) tem lucro bilionário. A Weg (WEGE3) reportou lucro líquido de R$ 1,744 bilhão no quarto trimestre de 2023, 46,2% que no mesmo período do ano anterior. O retorno sobre o capital investido (ROIC) foi de 39,2% no trimestre, crescimento de 9,8 pontos percentuais. A companhia é uma das queridinhas do mercado. Segundo o Bank of America, a empresa cresceu 27% por ano de 1998 a 2023, e deve continuar a entregar um crescimento sustentável e lucrativo nos próximos anos. Mesmo assim, a recomendação para o curto prazo é neutra, já que a ação já atingiu seu valor justo, diz o BofA. O resultado do trimestre anterior frustrou os analistas e derrubou a cotação das ações. Os papéis acumularam queda de 4,15% ano passado e, até o dia 16 de fevereiro, já tinham perdido 9,56% do valor. Hoje é o último dia para garantir dividendos e JCP do Banco do Brasil (BBAS3), que serão pagos no dia 29. Os dividendos serão de R$ 0,22 por ação, e os proventos de JCP serão de R$ 0,62. No início do mês, o BB aumentou de 40% para 50% o lucro a ser distribuído aos acionistas. Este ano, o banco remunerará o acionista em oito datas diferentes no ano. Veja aqui outras ações que pagam dividendos neste mês. Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, morreu nesta quarta-feira aos 84 anos.Considerado um dos maiores economistas do país, Pastore iniciou a vida pública como assessor de Delfim Neto, então secretário da Fazenda em São Paulo, em 1966. Ele se tornou, posteriormente, titular da pasta entre 1979 a 1983, e foi presidente do BC entre 1983 e 1985, durante o governo de João Figueiredo. Também foi professor do Insper e da Fundação Getulio Vargas. Veja o fechamento de dólar e Bolsa na terça-feira (21): Dólar: -0,06%, a R$ 4,932 B3 (Ibovespa): 0,68%, aos 129.916,11 pontos Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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