Olá, investidor. Após um longo impasse protagonizado pelo ministro Vital do Rêgo, o TCU (Tribunal de Contas da União) finalmente aprovou a segunda e última etapa do processo que abre caminho para a privatização da Eletrobras (ELET6/ELET3). A aprovação não resulta na privatização imediata da companhia, uma vez que ainda há algumas questões burocráticas que precisam ser resolvidas antes da conclusão do processo. Contudo, a expectativa é de que a companhia deixe de ser controlada pelo governo já em junho, caso tudo ocorra como planejado. A privatização da elétrica se dará por meio do aumento do capital social da companhia, ou seja, pela emissão de novas ações. Elas serão ofertadas no mercado, mas o governo não participará dessa nova oferta, o que resultará na redução da participação governamental no capital votante da empresa de 72% para no máximo 45%. Sendo assim, o próximo passo para a privatização da Eletrobras é o registro da nova oferta pública de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA). Mas, afinal, quais os efeitos dessa privatização?Para o consumidor, pouca coisa deve mudar em um primeiro momento. A inclusão de "jabutis" —trechos que não dizem respeito ao tema central— no texto da privatização deve reduzir os efeitos positivos da operação sobre os preços das tarifas de energia elétrica. Com a desestatização, R$ 32 bilhões serão destinados pela Eletrobras à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ao longo dos próximos 25 anos. A CDE é um fundo financiado pelos consumidores de energia cujos recursos são utilizados para bancar políticas públicas e subsídios para o setor energético. Já para o investidor, a mudança é mais relevante. Com a Eletrobras deixando de ser controlada pelo governo, diminuem os riscos acerca do investimento na companhia, e a perspectiva para os próximos anos em termos de eficiência e rentabilidade melhora significativamente. Caso a privatização seja de fato bem-sucedida, estimo impacto extremamente positivo nos preços das ações da companhia no curto e no médio prazo. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre o acordo firmado entre Fleury, Bradesco e Beneficência Portuguesa para a criação de uma nova empresa. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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