Olá, investidor. O mercado de criptomoedas tem sofrido duras perdas nas últimas semanas, em meio à deterioração das perspectivas para a economia global e ao consequente aumento dos juros que tem sido observado em algumas das principais economias do mundo. O bitcoin (BTC), a primeira e a mais famosa das criptomoedas, saiu de US$ 46 mil no dia 1° de abril para US$ 28 mil nesta sexta-feira (27). Isso representa uma desvalorização de 39% em menos de 2 meses. O ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mercado, sofreu uma desvalorização ainda mais impressionante no mesmo período, saindo de US$ 3.400 para US$ 1.700 - uma desvalorização de 50%. Ao entrar mais a fundo no mercado de altcoins, como são conhecidas as criptomoedas que não são o bitcoin, encontramos ativos que pareciam promissores, mas que praticamente viraram pó nos últimos meses. Para entender esse fenômeno, é preciso compreender os motivos por trás da disparada do mercado cripto nos últimos anos. Mesmo antes da pandemia, os criptoativos vinham em alta, diante do cenário de elevada liquidez global e taxas de juros baixas, o que favorece os ativos de risco. Com o início da crise sanitária, os bancos centrais ao redor do mundo adotaram medidas ainda mais flexíveis no que diz respeito à política monetária, cortando juros e intensificando programas de compra de ativos. Diante do aumento repentino da liquidez nos principais mercados globais, bem como a redução abrupta da rentabilidade da renda fixa, cresceu ainda mais o apetite por ativos que ofereciam a possibilidade de retornos exorbitantes, mesmo que às custas de um risco elevado. Ao longo da pandemia, o bitcoin disparou de preço e atingiu patamares recordes, enquanto diversas altcoins obtiveram valorizações explosivas, despertando o interesse de cada vez mais investidores. Diante desse otimismo exacerbado, uma série de ativos sem fundamentos sólidos, como moedas inspiradas em memes da internet, atingiram patamares de preço que beiravam a irracionalidade. Contudo, com o arrefecimento da pandemia e o retorno à normalidade econômica, ficou muito mais fácil separar o joio do trigo, e mesmo os bons criptoativos, como bitcoin e ethereum, devolveram parte dos ganhos acumulados durante o período de juro real negativo, "coronavouchers" e inflação sob controle. A curva chegou para os pilotos de reta do mercado cripto, e aqueles que não conheciam bem a pista se chocaram violentamente contra o muro da realidade. Agora, com inflação elevada, juros em alta ao redor do mundo e um cenário desafiador pela frente, conheceremos quais são os verdadeiros gênios desse novo mercado e quais os ativos capazes de sobreviver ao teste do tempo. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre a aquisição do Grupo Big pelo Carrefour. Um abraço, Rafael Bevilacqua Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS Nesta semana, a newsletter UOL Investimentos mostra como comprar uma casa de R$ 300 mil investindo R$ 1.000 por mês. Saiba como aproveitar seus investimentos para realizar um sonho como o da casa própria. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para duvidasparceiro@uol.com.br. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário