Exterior começa novembro com o pé direito

Caso não esteja visualizando corretamente esta mensagem, acesse aqui   ABERTURA DE MERCADO   Exterior começa novembro com o pé direito     Após fechar o melhor mês do ano, S&P 500 começa o novo mês apontando para cima. Por aqui, os sentimentos seguem mistos: bons balanços X desgoverno.     Por Alexandre Versignassi e Juliana Américo     Acesse aqui para receber esta newsletter diariamente     Os índices futuros dos EUA amanheceram apontando para cima, por conta do clima otimista desta temporada de balanços do 3T21. Até agora, 82% das empresas apresentaram resultados acima do esperado, de acordo com um levantamento da consultoria Fact Set. Às 7h30, os futuros do S&P 500 subiam 0,44%, os do Índice Nasdaq, que refletem as expectativas para o setor de tecnologia, 0,37% – vale lembrar que, em se tratando de índices futuros, altas próximas de 0,5% já são extremamente relevantes.   Tudo isso depois de o S&P 500 ter tido seu melhor mês do ano no já finado outubro, com alta de 6,9%.   Por aqui, rolou o oposto diametral: queda de 6,7% em outubro, dado o pânico que instaurou-se após o governo puxar um truco e forçar o aumento do Auxílio Brasil para R$ 400, deixando claro que, para tanto, pretende arrombar o teto de gastos – âncora criada em 2016 para manter os gastos públicos em ordem.   Como o teto de gastos também é fundamental para manter a inflação sob controle, sua detonação prontificou o Banco Central a subir o ritmo da alta de juros – ela vinha em 1% a cada reunião do Copom (que acontecem mais ou menos a cada 40 dias); passou para 1,5%. Isso tira força da renda variável, já que a fixa passa a pagar horrores. Os títulos públicos IPCA+ com vencimento em 2026 estão pagando a inflação mais 5,55%. Em termos nominais, neste momento, isso significa 15% ao ano. Uma bica. Em cenários assim, fica difícil para a bolsa competir com a renda fixa.   Por outro lado, o fator que mais importa para a bolsa, que são os balanços das empresas, não vem mal, não. Ambev, Gerdau, Marfrig e WEG já apresentaram resultados acima dos esperados. Petrobras também – a distribuição de mais R$ 31,8 bilhões em dividendos anunciada na sexta soma-se aos R$ 31,6 já anunciados em agosto e eleva o dividend yield da companhia a assombrosos 17% (um dos maiores do planeta).   Por outro lado, isso também se deve ao fato de ação estar depreciada (havendo dividendos, quando mais barato o papel, maior o yield). A depreciação é, naturalmente, cortesia de Jair Messias, posto que o presidente agora defende que "a Petrobras não pode dar muito lucro". Se continuar nessa toada, Bolsonaro se qualifica para sair candidato pelo PCO.   Boa segunda, e bom feriado!     O dia começou com tendência de... alta • Futuros S&P 500: 0,44% • Futuros Nasdaq: 0,37% • Futuros Dow: 0,47%  *às 7h30     • Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,78% • Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,57% • Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,93% • Bolsa de Paris (CAC): 1,04%  *às 7h25     • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,37% • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,61% • Hong Kong (Hang Seng): -0,88%     • Brent: 0,82%, a US$ 84,41 *às 7h30     8h25 O Banco Central divulga o Boletim Focus com as expectativas atualizadas do mercado para juros, inflação, dólar e PIB.     Paralisação Os caminhoneiros ameaçam começar uma greve nesta segunda-feira semelhante a de 2018, quando eles ficaram parados por 10 dias e atingiram 24 Estados. A categoria critica o aumento do valor dos combustíveis e a política de preços da Petrobras, além de estar insatisfeita com Tarcísio Gomes de Freitas. O ministro da Infraestrutura afirmou que os caminhoneiros precisavam se organizar para sobreviver ao mercado e que eles deveriam repassar o custo do combustível para o preço do frete. Apesar das ameaças, o Governo não bota fé de que a greve vá para frente. Ainda assim, já existe uma liminar judicial contra interdições e bloqueios em Goiás e a Justiça Federal de Santos proibiu a ocupação de grevistas em instalações portuárias.   "Acha que tá na Disney?" Os parques Beto Carrero World, Playcenter e Wet'n Wild apresentaram uma proposta de compra do Hopi Hari. O parque de diversões, que fica em Vinhedo (SP), enfrenta um processo de recuperação judicial desde 2016, com uma dívida de mais de R$ 250 milhões. A proposta inclui a quitação da dívida e um investimento de R$ 150 milhões para a recuperação do parque. O Hopi Hari, no entanto, está com um pé atrás. A empresa afirma que o grupo é composto por concorrentes diretos e questiona o real interesse em manter o local funcionando. Uma assembleia de recuperação judicial está marcada para dia 3 de novembro, na qual deve ser discutida a proposta.     Situação fiscal brasileira Ilan Goldfajn, presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil e ex-presidente do Banco Central, dá o tom do pessimismo do mercado. Em entrevista para o Estadão, o executivo afirma que deve levar "pelo menos dois anos" para que os juros e a inflação voltem para patamares pré-pandêmicos – isso se rolar algum controle de gastos por parte do governo e uma retomada das reformas. Leia a entrevista completa aqui.     Não há divulgação de balanços devido ao feriado de Finados. Na semana, os destaques são os grandes bancos: o Itaú solta o seu na quarta (03); o Bradesco, na quinta (04).      Publicidade     Este e-mail foi enviado para você pela VOCÊ S/A. Para garantir o recebimento correto em sua caixa de entrada, por favor adicione o nosso e-mail, revistavocesa@abrilinterativo.com.br, ao seu catálogo de endereços.   ,Para cancelar o recebimento dos nossos e-mails acesse aqui.