A filiação do general Carlos Alberto Santos Cruz ao Podemos reforça a estratégia de Sergio Moro de converter sua candidatura presidencial numa espécie de caravana dos deserdados da gestão Bolsonaro. A opinião é do colunista Josias de Souza. Moro já repisou a prioridade anticorrupção, abandonada pelo ex-chefe. Nos últimos dias, mimetizou a agenda liberal que o ex-colega Paulo Guedes não conseguiu implantar. Agora, gruda sua imagem na de militares que Bolsonaro expurgou da equipe auxiliares palacianos. Horas depois de discursar na cerimonia de filiação de Santos Cruz, Moro publicou nas redes sociais uma foto ao lado de outro general desprezado por Bolsonaro: o ex-porta-voz da Presidência Otávio Rego Barros. Anotou que o tema da conversa foi a "transparência nas contas públicas." Além de afagar as Forças Armadas, o ex-juiz tenta sinalizar para o eleitorado de direita e de extrema-direita que representará na sucessão de 2022 a agenda que foi eleita em 2018. É como se Moro quisesse encarnar uma espécie de bolsonarismo sem Bolsonaro. Na newsletter Olhar Apurado de hoje, trazemos uma curadoria com os pontos de vista dos colunistas do UOL, que acompanham de todos os ângulos a repercussão do noticiário.
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