Olá, pessoas, como estão? Olha eu aqui de novo com um compilado de textos de TAB do jeito que a gente gosta: na rua, conversando com as pessoas, descobrindo histórias e situações que não podem passar despercebidas. Fomos ao sul do Brasil visitar Saudades (SC), a cidade onde a população iniciou uma terapia coletiva para tratar os traumas do massacre em uma creche. Numa São Paulo à beira da crise hídrica, revelamos a bica "esquecida" debaixo de um viaduto. Ainda tem reportagem sobre sexo "turbinado" com drogas, a história da brasileira negra que canta tango na Argentina e os eleitores arrependidos que agora gritam "Fora, Bolsonaro". Ah, e uma estreia: no mês das Olimpíadas, começamos uma série de histórias inesquecíveis sobre implementos dos jogos. Haja assunto, né? Boa leitura! Uma cidade no divã Em maio, Fabiano, 18, entrou na creche Aquarela e matou três crianças e duas funcionárias. O massacre em Saudades (SC) comoveu o Brasil, e suas feridas continuam abertas na cidade de quase 10 mil habitantes. Dois meses depois, as lembranças daquele dia sangrento levaram a população local ao divã. Mais de 30 psicólogos foram mobilizados para tratar o trauma de vítimas, testemunhas e familiares -- inclusive os do autor, como conta o repórter Rodrigo Bertolotto, no especial desta semana. Aqui passa um rio Um fio de água mirrado a escorrer do concreto pode falar muito sobre uma cidade. Em São Paulo, uma bica embaixo do conjunto de viadutos popularmente chamado de Cebolinha mata a sede de quem precisa e ainda serve de torneira para banho e lavagem de roupas. Mas o que pouca gente sabe é de onde vem aquela água. Na reportagem que fiz nesta semana, mostro como córregos e rios invisíveis dão sinais de vida na maior capital do Brasil. Um sonho, 40 anos depois Um grupo de 66 brasileiros pode estar fazendo história, ao participar de uma pesquisa sonhada por milhões de pessoas: eles são voluntários nos testes da vacina contra o HIV. O Estudo Mosaico, patrocinado pela Janssen, está na terceira fase e é realizado em mais sete países. No Brasil, estão envolvidos o Instituto Emílio Ribas, o Hospital das Clínicas e o Centro de Referência de Tratamento. É um momento de grande expectativa sobre o futuro da pandemia da Aids. A nossa repórter Marie Declercq acompanhou um dia de vacinação, em São Paulo. Leia a reportagem clicando aqui. De bambu a fibra de vidro Nem só de competição vivem as Olimpíadas, que começam no próximo dia 23. Os jogos rendem sempre histórias marcantes -- algumas tristes, é verdade. Como a da saltadora Fabiana Murer, em Pequim, em 2008. A vara que ela usava nos saltos foi extraviada, e a atleta teve de competir usando uma emprestada. Resultado: ficou em 10º lugar. Na Série Olímpica, estreia de TAB no último sábado, a jornalista Mônica Manir relembra esse caso e explica as diferenças -- e a evolução -- entre as matérias-primas das varas de salto. Sexo turbinado Paulo, 27, conheceu uma garota pelo Facebook e decidiu viajar de São Paulo ao Paraná para vê-la. Ele achou que seria apenas um encontro casual, mas acabou em "chemsex", uma orgia turbinada com drogas. Governos de países como Espanha e Inglaterra já incorporaram esse hábito como algo a ser acompanhado e, dependendo do caso, tratado, por causa da potência das substâncias ora envolvidas. No Brasil, as maratonas sexuais são potencializadas com metanfetamina e GHB (ácido gama-hidroxibutírico) -- cada vez mais comuns e fáceis de serem compradas. Leia mais neste texto do jornalista Daniel Lisboa. Tango à brasileira Shirlene Oliveira saiu da periferia de Guarulhos, atravessou o Caribe para estudar artes visuais em Cuba, reencontrou-se na Bolívia e fixou-se na Argentina. Ela queria conhecer o mundo, atingir corações, e desde 2008 descobriu uma paixão: o tango. A jornalista Amanda Cotrim acompanhou Shirlene em uma apresentação em Buenos Aires, onde ela mora desde 2012. No país vizinho, a brasileira faz show contrariando o preconceito de muitos: "Sou uma mulher negra, marginal, brasileira, estrangeira, que canta tango em Buenos Aires", diz a cantora. "O tango é como eu, teimoso." Leia o perfil de Shirlene clicando aqui. Ex-eleitores arrependidos A bióloga aposentada Clarice Fujihara não acredita em abaixo-assinado para resolver problemas do país: para ela, tudo se resolve na rua. Já protestou contra a ditadura militar, endossou as Diretas Já, pediu o impeachment de Fernando Collor de Mello e de Dilma Rousseff e agora sai de casa para pedir a deposição do presidente Jair Bolsonaro, em quem ela votou no segundo turno de 2018. "Eu não queria o PT", explica. No último sábado (3), o TAB foi à avenida Paulista e entrevistamos ex-eleitores de Bolsonaro que, arrependidos, aderiram aos atos em favor do impeachment. Confira a reportagem aqui. 
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário