Não parece, mas faltam apenas duas semanas para o início das Olimpíadas de Tóquio. Em 2016, quando o Rio de Janeiro foi sede do torneio, o país só falava do maior evento esportivo do planeta. Neste ano, as coisas mudaram (bastante). A covid-19 fez os Jogos Olímpicos trocarem de data (passaram de agosto de 2020 para julho de 2021) e gerou desconfiança e receio entre os organizadores, que nesta semana decidiram que as disputas não terão público. Com tudo isso, como ficam os patrocinadores? A P&G, uma das principais apoiadoras do Comitê Olímpico Internacional, decidiu mudar o rumo de suas campanhas no ano passado. Depois de fazer sucesso entre 2010, nos Jogos Olímpicos de Inverno, e 2016, com a campanha "Obrigado, Mãe", que celebrava o papel das mães na vida de atletas, a multinacional agora diz que investe em "fazer o bem" no torneio deste ano. "Temos dez anos de parceria com o Comitê Olímpico. Já havíamos pensado em mudar o rumo da campanha olímpica antes do avanço da pandemia. A covid-19 nos fez ter mais certeza de que a escolha de fazer algo focado em esforços de cidadania foi mais do que correta", diz Isabella Zakzuk, vice-presidente de marcas da P&G no Brasil. Por aqui, a P&G tem marcas como Always, Ariel, Gillette, Oral-B, Pampers e Pantene. A empresa criou o fundo "Atletas pelo Bem", que selecionou o trabalho de atletas olímpicos e paraolímpicos parceiros de instituições de caridade em todo o mundo. A P&G então direcionou cerca de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) a 28 atletas olímpicos e 24 atletas paralímpicos, representando 20 países e 26 esportes. Dentre eles, seis brasileiros, que destinarão US$ 10 mil (R$ 52,6 mil) cada a cinco ONGs: - Marco Grael (vela), para o Instituto Rumo Nautico
- Aline Ferreira (luta olímpica), para o Mempodera
- Luana Lira e Kawan Pereira (saltos ornamentais), para o Instituto Pro Brasil
- Flavia Figueiredo (boxe), para o Save the Children
- Pedro Corrêa (vela), para o Alliance to End Plastic Waste
No Brasil, a multinacional também promoveu a ação "Apoie Atletas do Amanhã", em maio e junho. A iniciativa colheu cadastros de consumidores, com nome, sobrenome, email, CPF e data de nascimento. A cada cadastro, a P&G doou para a Fundação Gol de Letra o valor equivalente a uma hora de aula de esporte para crianças e adolescentes beneficiados pelos projetos da fundação. No total, foram doadas 150 mil horas. Segundo a P&G, os dados dos consumidores cadastrados serão usados para "entender quais produtos e iniciativas atendem as suas necessidades e para validarmos a sua participação em eventual promoção/concurso." "Toda a máquina global do patrocínio olímpico foi direcionada aos esforços de cidadania", declara Isabella. Na segunda-feira (12), o UOL Mídia e Marketing publica a versão completa da entrevista com a VP de marketing da empresa.
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