EXCLUSIVO: O CENTRÃO E O SEXO DOS ANJOS
Nesta edição semanal, a Crusoé traz outra reportagem sobre os subterrâneos da compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. Trata-se de uma história para lá de nebulosa, envolvendo o presidente da Câmara, Arthur Lira — aquele que se recusa a colocar em votação o impeachment de Jair Bolsonaro —, e o senador Ciro Nogueira. Juntamente com o já enrolado Ricardo Barros, eles formam a "trinca de ouro" do Centrão, base de sustentação do presidente da República. Numa das pontas dessa história, surge o nome do senador Flávio Bolsonaro.
Leia um trecho da reportagem da Crusoé:
" Desde o momento em que levou o escândalo das vacinas para dentro do Palácio do Planalto, ao revelar que alertou pessoalmente o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de corrupção envolvendo a compra da Covaxin e ele nada fez, o deputado Luis Miranda virou um "para-raios" – para usar uma expressão dele próprio – de denúncias relacionadas ao Ministério da Saúde. Para além do explosivo caso que enreda o presidente da República, uma das mais graves acusações recebidas pelo deputado ateia ainda mais combustível à crise política, por incluir na trama outros dois expoentes do Centrão, hoje pilares de sustentação do governo Bolsonaro no Congresso: o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o senador Ciro Nogueira, além de um empresário próximo ao senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente cujas digitais estão cada vez mais presentes no escândalo das vacinas.
A denúncia tem como pano de fundo um contrato milionário do Ministério da Saúde com a VTCLog, responsável por armazenar e distribuir os medicamentos comprados pelo governo, incluindo, mais recentemente, as vacinas contra o coronavírus. A empresa é uma antiga fornecedora da pasta, mas ampliou significativamente seus negócios a partir de 2016, na gestão do ex-ministro Ricardo Barros, atual líder do governo na Câmara e citado por Bolsonaro no "rolo" da Covaxin, segundo Miranda – informação até hoje não desmentida pelo presidente. Sob a gestão de Barros, a VTCLog assinou seis contratos diretos com a pasta, no valor total de 253 milhões de reais. Todos sem licitação. À época, o então ministro extinguiu o departamento do ministério que executava esse serviço e o terceirizou para a empresa, sob a alegação de economia de recursos. Logo após a saída dele, em 2018, a VTCLog assinou o maior de seus negócios com a pasta, por meio de pregão, no valor de 485 milhões de reais e prazo de cinco anos. Este é o objeto da trama que está sendo investigada pela CPI, após um aditivo de 88,7 milhões assinado em fevereiro."
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