quinta-feira, 8 de julho de 2021

Bolsonaro, o presidente de pés de Barros

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O AntagonistaCrusoé
 

o homem-bomba

 


Há uma figura nada oculta no escândalo da compra da Covaxin, denunciada pelo deputado Luis Miranda e o seu irmão, Luis Ricado, funcionário do Ministério da Saúde. Trata-se do líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, ex-ministro da Saúde. Como revelou a Crusoé , ele estava presente ao encontro de Luis Miranda com um antigo lobista de Brasília, quando foi oferecido propina ao deputado, para que ele deixasse de impor obstáculos à compra da vacina indiana de eficácia e segurança duvidosas. Foi Ricardo Barros que se moveu para que a vacina pudesse ser importada, apesar das restrições da Anvisa. Miranda encontrou-se com o lobista e Ricardo Barros depois de alertar Jair Bolsonaro sobre o esquema. E, depois do alerta de Luis Miranda, Ricardo Barros esteve com o presidente da República dez vezes, pelo menos. Se ficar comprovado que Ricardo Barros estava mesmo envolvido em corrupção na compra a Covaxin, ele poderá arrastar consigo Jair Bolsonaro para o abismo. É um homem que sabe demais.


Leia um trecho da reportagem da Crusoé, que conta tudo para você: 


"Ricardo Barros é o típico profissional da política. Capa-preta do Centrão na Câmara, o líder do governo gosta de se apresentar como "político de resultados". "Eu faço acontecer e cumpro o que prometo", alardeia. Devido à capacidade de trocar rapidamente de casaca para se adaptar ao figurino do presidente de turno, o parlamentar conseguiu a proeza de ocupar postos estratégicos nos últimos cinco governos.


Em 2016, quando Barros foi alçado pelo então presidente, Michel Temer, ao comando do Ministério da Saúde, o ínclito Paulo Maluf quis fazer troça, mas acabou descrevendo o colega de partido talvez com mais propriedade do que ele próprio: "Barros não é médico, mas é alguém que entende de operações". O perigo é o de que os efeitos colaterais dessas intervenções nem sempre cirúrgicas possam complicar a vida dos que topam se associar a alguém do naipe de Barros.


É exatamente o que ocorre agora. Ao mover mundos e – ao que tudo indica – fundos para que a vacina indiana Covaxin fosse adquirida pelo Ministério da Saúde, Barros virou um problemão para Jair Bolsonaro. Primeiro porque rifar o líder do governo na Câmara significa arrumar briga não só com ele, mas com o Centrão, bloco de partidos fisiológicos que hoje dão sustentação ao Palácio do Planalto no Congresso. Depois, porque o deputado sabe demais e pode, se perceber que será abandonado à própria sorte, implodir o que resta da administração Bolsonaro."


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Boa leitura e um abraço,

 

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