O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a divulgação pela imprensa dos gastos da administração federal com alimentação em 2020 é "pura fumaça" e faz parte das "pressões em cima do governo". Mourão minimizou a repercussão do montante de mais de R$ 1,8 bilhão com gastos alimentícios do governo federal, dos quais R$ 15 milhões com leite condensado. Segundo o vice-presidente, as despesas são previstas no Orçamento. "Pura fumaça. Todos esses gastos são orçamentários, previsto aí alguns com despesa obrigatória, outros com despesa discricionária e foram efetuados dentro do que estava previsto do desembolso do orçamento do ano passado", disse. "Se pegar o que foi gasto em anos anteriores, estará mais ou menos no mesmo patamar", disse. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro defendeu os gastos do governo federal com alimentos, mas citou somente o leite condensado, que virou tema de memes desde ontem. Segundo ele, o produto "foi escolhido por ter virado de certa maneira uma marca do presidente". O deputado afirmou também que a maior parte da compra de leite condensado foi endereçada ao Ministério da Defesa e que o produto é "indicado a quem faz muitas atividades físicas e serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns a mesa dos brasileiros como bolos". A empresa Saúde Vida Alimentos Eireli negou a informação de que tenha recebido R$ 162 por lata de leite condensado fornecido ao governo federal. Segundo a companhia, o contrato foi fechado com o Ministério da Defesa para o fornecimento de duas caixas, com 27 unidades de leite condensado cada uma, no valor de R$ 162 por caixa, o que dá R$ 6 por unidade. O Portal da Transparência chegou a ficar fora do ar.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário