O apresentador Marcos Mion foi surpreendido na quarta-feira (27) com a notícia de que a Record decidiu rescindir o seu contrato, que só terminaria no final do ano. Tanto do lado da emissora quanto do lado do apresentador, já se falava, faz tempo, sobre uma "crise na relação". De um lado, Mion tinha a impressão de que não era reconhecido pelo que estava fazendo. De outro, a emissora achava que o apresentador queria brilhar demais, chamando para si uma glória que caberia, em primeiro lugar, à Record. Em momentos críticos da mais recente edição, quando o programa cometeu erros primários, Mion foi às redes sociais lembrar que a responsabilidade não era sua, mas da direção do reality. Em entrevista ao UOL, após o fim do reality, Mion falou sobre o excesso de erros da "Fazenda 12": "Até onde eu pude perceber, nitidamente, ninguém ficou feliz. Não foi tranquilo". E acrescentou: "Quando você está com um programa deste patamar, com esta audiência, esta expectativa, não dá pra errar. Nunca mais vamos errar? Não. Somos seres humanos, a gente erra. Acontece. Mas a tendência nítida é diminuir essa frequência e corrigir os erros." Também circula uma explicação de ordem econômica. Não faz mais sentido manter contratado por um ano um apresentador que só aparece na TV por três meses. Segundo esta justificativa, a emissora não teria nenhum outro projeto para Mion em 2021 e a cláusula de rescisão do contrato não implicaria em um custo muito alto à Record. Já Mion tinha um projeto de reality show, que ele gostaria de apresentar na Record, como disse na entrevista ao UOL. Após Britto Jr. e Roberto Justus, que não deixaram marcas significativas, Mion oxigenou "A Fazenda" ao conseguir tornar menos impessoal e engessada a tarefa de apresentar o reality. A fácil comunicação com os peões, a sua agilidade ao vivo e a descontração na leitura do telempromter mostraram que ele tinha as características necessárias para comandar o programa. Uma pena a sua saída.
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