Uma investigação da Polícia Federal diz ter provas de que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), comanda uma organização que fraudou o orçamento do estado na montagem de hospitais de campanha. Witzel foi alvo da Operação Placebo e teve seu celular e seu computador apreendidos na manhã de hoje (26). O inquérito tramita sob sigilo mas, segundo a Folha de S. Paulo, os dados enviados pelo Ministério Público Federal do Rio ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) dizem que o político "tinha o comando" das ações fraudulentas. De acordo com a investigação, houve ilegalidades no processo de contratação da organização social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) para administrar os hospitais de campanha. Diversos itens do atendimento a vítimas da covid-19 teriam sido fraudados no orçamentos, incluindo a montagem de tendas e a instalação de caixas d'água, geradores de energia e pisos dos hospitais de campanha. Witzel negou qualquer irregularidade, classificou a investigação de "narrativa falaciosa" que seria fruto de uma "ditadura da perseguição" por parte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O governador do Rio de Janeiro disse que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) "deveria estar preso". O filho do presidente rebateu chamando Witzel de "traidor" e dizendo que "um tsunami está por vir". Flávio criticou os gastos do desafeto com hospitais de campanha ontem à noite, horas antes de Witzel ser alvo de uma operação da PF. *** Covid-19: no Brasil, segundo país com mais casos oficiais da doença no mundo, quem mais sofre com a pandemia são os trabalhadores pobres. |
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