quinta-feira, 14 de maio de 2020

O ESSENCIAL: Depoimentos reforçam interesse de Bolsonaro na PF do Rio

E mais: economia dos estados, recorde do dólar, relatos de médicos
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RIO, 14 DE maio de 2020
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Dois depoimentos prestados ontem reforçaram as suspeitas de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal do Rio. O ex-superintendente local Carlos Henrique Oliveira confirmou que o senador Flávio Bolsonaro era investigado pela PF, fato várias vezes negado por Bolsonaro. Já o delegado Alexandre Saraiva contou que foi sondado, no ano passado, por Alexandre Ramagem, a pedido do presidente, para assumir a chefia da instituição no estado.

O que isso significa: o depoimento de Oliveira contradiz declaração de anteontem de Bolsonaro, que havia negado existência de investigação de familiares seus pela PF. E a oitiva de Saraiva confirma declarações do presidente desde o ano passado de que tinha interesse na superintendência fluminense.

Resumo: a série de depoimentos trouxe à tona contradições e choques de versões. Elas surgiram sobretudo após as oitivas dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), que buscaram referendar a nova versão de Bolsonaro para os diálogos extraídos do vídeo a reunião ministerial do último dia 22, citado como prova pelo ex-ministro Sergio Moro. Veja detalhes.
 
Com fortes quedas de arrecadação, os estados brasileiros aguardam ajuda do governo federal, que ainda não sancionou a lei que prevê socorro de R$ 125 bilhões a governadores e prefeitos. O Rio de Janeiro estima que deixará de receber R$ 1,7 bilhão em abril e maio. Somente em abril, a queda foi de R$ 700 milhões no Rio Grande do Sul e de R$ 1 bilhão em Minas Gerais.

O que isso significa: os rombos agravam a dificuldade dos estados de quitar a folha de pagamento. O Rio Grande de Sul pagará os salários de abril na data prevista somente para quem recebe até R$ 1.500. O Rio deve atrasar os salários de setembro . Outra possível consequência indicada por especialistas é a inadimplência no pagamento a fornecedores. Os efeitos também podem levar à redução de investimentos e a problemas na oferta de serviços públicos, inclusive os essenciais.

Entenda: em 2019, o ICMS arrecadado pelos estados chegou a R$ 506,2 bilhões, o equivalente a pouco mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Este ano, o valor arrecadado deve ficar R$ 25,9 bilhões menor.

Panorama: o resultado PIB brasileiro este ano deve recuar 4,7%, segundo previsão divulgada pelo Ministério da Economia. O impacto da pandemia terá escala global: a ONU prevê contração de 3,2% e perdas de US$ 8,5 trilhões. Ontem, a União Europeia informou ter registrado a mais forte queda mensal na produção industrial na zona do euro em 30 anos.
É melancólica a situação de Nelson Teich. Antes de completar um mês no governo, o titular da Saúde já se arrasta como um ex-ministro em atividade
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Escalada: o dólar renovou a cotação recorde, ao atingir R$ 5,90, refletindo crise em torno do vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro.
Reajuste garantido: o Congresso aprovou projeto de Bolsonaro que aumenta em até 25% os salários de policiais e bombeiros do DF.
Ato montado: o MP pediu à Justiça o fim do acampamento de apoiadores de Bolsonaro no DF, chamado na ação de “milícia armada”.
A mando do chanceler: por ordem de Ernesto Araújo, o Itamaraty suspendeu o envio de notícias da imprensa brasileira para embaixadas.
Disputa por leitos: tribunais de Justiça de quatro estados, incluindo o Rio, já receberam ao menos 119 ações que pedem vagas em hospitais.
Apenas 20,9%: o estado e a prefeitura do Rio receberam 378 dos 1.806 respiradores encomendados para tratar pacientes com coronavírus.
Extraoficial: moradores de 14 comunidades do Rio contabilizam 129 mortes por Covid-19, número 41% maior do que constam nos balanços.
‘Troco máscara por alimento’: foto de menina de 9 anos que pediu ajuda para comer no Rio gerou corrente de solidariedade.
13 de Maio: a Fundação Palmares publicou artigos que questionam Zumbi e o movimento negro. Historiadores rechaçaram os textos.
Novo normal: a reabertura da Disney Shangai, na última segunda, e o retorno do Campeonato Alemão, no próximo sábado, dão pistas sobre protocolos que serão adotados no turismo e no esporte após a pandemia.
Rubens Belfort Jr., presidente da Academia Nacional de Medicina
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