Após semanas de trocas de farpas públicas com governadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom em reunião remota realizada hoje. Ele falou em "trabalho conjunto" para enfrentar a covid-19 e prometeu sancionar um projeto que libera socorro financeiro de R$ 60 bilhões a estados e municípios. Do outro lado da conversa, governadores mostraram-se satisfeitos com a reunião. Até o governador paulista João Doria (PSDB), que tem vivido um braço de ferro com o presidente durante a pandemia, elogiou "a forma como essa reunião está sendo conduzida". Outra governadora, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, disse em entrevista que a reunião "se deu em clima institucional muito respeitoso". Pouco antes da reunião, no entanto, Bolsonaro havia novamente criticado governadores durante uma conversa com apoiadores na portaria do Palácio da Alvorada — mais uma aglomeração em tempos de pandemia. Sem citar nomes, ele disse que a população vai ter que "sentir na pele quem são essas pessoas". Na videoconferência, Bolsonaro afirmou que vai liberar um repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios. Também pretende vetar a possibilidade de conceder aumento a servidores públicos até o final do ano que vem — um pedido do Ministério da Economia e dos estados. Desde 6 de maio, o texto está em sua na mesa esperando sanção ou veto. *** Quanto à pandemia de covid-19, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, admite que a doença vive "nova etapa" e que o avanço para o interior do País é "inevitável". Ontem (20) o Brasil passou de 290 mil casos e chegou a 18.859 mortes oficiais pela doença. |
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