quinta-feira, 30 de abril de 2020

Canal Masculino

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O Look Certo: Retrô Casual com Suspensórios Soltos

Posted: 17 Apr 2020 03:48 PM PDT

Faz tempo que não destaco um look masculino com inspiração retrô aqui, embora eu saiba que muitos leitores apreciam o estilo, mesmo não sustentando esse visual no cotidiano. Basicamente o segredo...

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Links do mês #049 e a não-linearidade da criatividade

Em 2012, a Shoot lançou o projeto Que Ônibus Passa Aqui?, uma campanha para sinalizar colaborativamente os pontos de ônibus de Porto Alegre. Na época, os pontos da cidade não possuíam nenhuma informação sobre as linhas de ônibus que passavam em cada um. Ou seja, se você chegasse num ponto sem saber quais linhas passavam ali, só restava perguntar para outra pessoa ou olhar no celular. 

A ideia ganhou muito mais repercussão do que a gente inicialmente imaginou, não apenas sendo replicada por pessoas voluntárias em mais de 30 cidades, aparecendo em tudo que era jornal e ganhando um prêmio do The Guardian, mas também virando um projeto oficial da Prefeitura de Porto Alegre, que num primeiro momento adotou os adesivos e dois anos depois começou a instalar placas de metal nos pontos.

Muita gente só conhece a Shoot por causa desse projeto, e até hoje quando falo dele as pessoas reconhecem na hora.

Não querendo ser arrogante aqui, mas pelo tamanho da repercussão que essa ideia teve, podemos afirmar que eu, Gi e Gab (parceiros da época na Shoot) temos algo parecido com um bestseller nas nossas carreiras. Uma obra que destoou das demais, atingindo um patamar de público que nos colocou em evidência e nos jogou para um âmbito de pessoas reconhecidamente criativas.

A Shoot na época era um projeto paralelo e a gente realizava as ideias quando as tinha e quando o tempo permitia. Lembro que era um processo bem simples, e conseguíamos fazer isso com uma certa periodicidade. Mas, depois de fazermos o Que Ônibus Passa Aqui?, pelo menos pra mim, ficou muito mais difícil tirar algo do papel. 

Internamente, o sarrafo havia subido muito, e um novo filtro - vamos chamá-lo de "filtro do sarrafo alto" - passou a tomar conta do meu cérebro. Um filtro que matava qualquer ideia que não fosse boa o suficiente como a que recém havia ganhado a imprensa.

O cérebro de quem trabalha com criatividade já é ótimo em listar problemas cada vez que pensamos uma ideia nova. Com a mesma velocidade que nos empolgamos com um insight, também nos sentimos inseguros, bestas e incapazes em questão de minutos. Muitas ideias morrem porque o nosso filtro default as mata antes mesmo delas irem parar num bloco de notas.

Depois de uma ideia fora da curva então, o filtro do sarrafo alto ganha muito mais força. Ou seja, a nossa próxima ideia precisará contar com muito mais energia para nascer, pois o obstáculo agora é muito maior. 

Isso aconteceu comigo algumas vezes, mesmo em situações menores. Quando uma tirinha ganhava mais likes que o normal, parir uma nova já era bem difícil. Quando uma newsletter fica boa e recebe várias respostas, mesma coisa. A pressão aumenta e a confiança criativa vai lá pra baixo.

Talvez isso aconteça porque vivemos numa sociedade onde o pensamento linear é o predominante. Seguimos uma linha lógica e o crescimento é a métrica que dita esse caminho. O normal é pensarmos que tudo cresce. O currículo. O tamanho do apartamento. O salário. As polegadas da TV. O PIB. O carro. A qualidade do celular.

Mas a criatividade não. Ela, mesmo praticada e exercitada à exaustão, ainda sim não é linear. Podemos ter uma ideia genial hoje, mas nada garante que vamos ter uma ideia genial amanhã. Ou daqui a 6 meses. Nada. Não há garantias.

Daí fico pensando como deve ser para essas pessoas que realmente escrevem um bestseller ou um filme que ganha o Oscar. Voltar pro trabalho deve ser bem foda. A expectativa vai nas alturas. O filtro do sarrafo alto deve comer noites de sono de artistas. 

No fim das contas, a Shoot continuou fazendo ações. Nenhuma bateu a que citei acima, mas à medida que botávamos mais ações na rua, esse sarrafo ia perdendo força. A pressão diminui. Ela não sumiu, mas é bem menor. Pelo menos no meu caso. Tive que aprender a conviver com essa pressãozinha (que também tem seu lado positivo ao nos desafiar a fazer algo ainda mais massa).

Pra você aí que também trabalha numa carreira onde a criatividade é a matéria-prima, o que posso dizer é que a parada não é linear. Vai ter semana boa, vai ter semana ruim. Cabe a nós continuar tentando, trabalhando, criando, tendo em mente que a próxima ideia pode ser a mais foda da vida. Talvez ela seja.



Espero que gostem dos links.

- Dificuldades no trabalho remoto? Aqui na Shoot a gente já tem uma bela experiência no assunto e separamos algumas dicas para ajudar pessoas a deixar ainda melhor esse formato de trabalho
- O Trello também separou umas dicas legais para o trabalho remoto.
- Como transformar pequenos negócios a favor de um mundo novo? Achei bem interessante esse guia da Inesplorato para ajudar empresas a repensar certezas.
- "Nós não vamos voltar para o normal", e a possibilidade do distanciamento social ficar mais tempo do que gostaríamos.
- Dois dias atrás participei como palestrante do primeiro Fuckup Nights versão Brasil. Por causa do distanciamento social, todos os capítulos do evento se juntaram e fizeram uma versão online. Eu, Murilo Gun, Vânia Ferrari e Thalita Gelenske compartilhamos fracassos e o que aprendemos com eles (a minha palestra é a segunda e tem só 10 minutinhos).



Tá todo mundo bem?
<3

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EM QUARENTENA: Brasil registra recorde de novos casos em 24 horas

E mais: ajuda aos estados, críticas de Bolsonaro, êxito do Vietnã
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30 de abril de 2020
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Olá, boa noite.

Confira as principais notícias sobre a pandemia de coronavírus.

Boa leitura!
O Brasil já tem mais casos do novo coronavírus confirmados do que a China, onde a pandemia teve origem, e é a décima nação com o maior número de contágios no mundo — o país já havia ultrapassado os chineses em número de mortes. O Ministério da Saúde confirmou 7.218 casos nas últimas 24 horas, a maior quantidade diária já registrada. Ao todo, o Brasil contabiliza 85.380 infectados e 5.901 óbitos.

O que isso significa: o Brasil tem a maior taxa de contágio do coronavírus no mundo aponta levantamento do Imperial College de Londres. O índice, de 2,8, mostra que cada infectado no país transmite o vírus para quase três outras pessoas. O estudo estima que o país poderá registrar 5.680 mortes na próxima semana.

O que está acontecendo: São Paulo, que tem 28.698 infectados, vai transferir pacientes com coronavírus da capital para cidades do interior. O Rio de Janeiro, com 9.453 casos, iniciará pesquisa sobre imunidade da população.

O governo do Rio estima que o número real de contaminados seja de 140 mil pessoas e estendeu a quarentena até 11 de maio; a capital ampliou as medidas até o dia 15. O governador Wilson Witzel descartou a possibilidade de adotar o “lockdown”, como é chamado o confinamento total obrigatório.

Em detalhes: o Ministério da Saúde estima que 11.732 idosos que vivem em asilos do país poderão ser contaminados pelo coronavírus.

Reação: A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC) enviou carta ao ministro Nelson Teich (Saúde), cobrando um plano de ação. “Se nada for feito nos próximos dias, os pronunciamentos do Ministério da Saúde se resumirão a informar o número de mortos”, afirmaram os cientistas.
O projeto de ajuda a estados e municípios, elaborado pelo governo e pelo Senado, prevê repasse de R$ 60 bilhões e aval da União para dívidas com bancos privados. Como contrapartida, quer o congelamento dos salários de servidores públicos até dezembro de 2021.

O texto foi apresentado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, em decisão incomum, assumiu a relatoria do projeto, aumentando a chance de o texto ser aprovado. Do valor total, R$ 10 bilhões serão exclusivos para ações na saúde; o restante será dividido pela metade entre governadores e prefeitos.

Entenda: a divisão do valor garantirá repasse de R$ 5,5 bilhões para São Paulo, R$ 2,49 bilhões para Minas Gerais, e R$ 1,6 bilhão para o Rio. O governo afirma que as medidas listadas totalizam R$ 120 bilhões, por considerar no cálculo a suspensão do pagamento da dívida com a União.

Por que isso importa: estados são considerados mais vulneráveis aos impactos da pandemia, porque contam basicamente com a arrecadação de impostos, que está em queda, e não podem recorrer ao mercado financeiro para conseguir recursos extras. Segundo o Banco Central, estados do Sul e do Sudeste devem sofrer mais efeitos da crise , em comparação aos de outras regiões.

Panorama: o desemprego atingiu 12,9 milhões de brasileiros no primeiro trimestre de 2020, antes do agravamento da pandemia. O período é marcado pelas demissões de postos criados no fim do ano. Todos os setores da economia registraram demissões . Especialistas avaliam que a deterioração do mercado de trabalho vai se agravar nos próximos meses.
O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por ter barrado a posse de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, e disse ter faltado pouco para uma crise institucional no país. “Eu não engoli essa decisão”, declarou Bolsonaro, ao chamar a liminar de Moraes de “canetada”. Também disse, pela manhã, que não será “ um presidente pato manco, refém de decisões monocráticas”.

Reação: os ministros do STF defenderam o colega de Corte. Gilmar Mendes disse que não é aceitável uma “censura personalista aos membros do Judiciário”. Luís Roberto Barroso afirmou que a atuação de Moraes é marcada por “conhecimento técnico e independência”. Edson Fachin e Dias Toffoli também se manifestaram. Associações da magistratura criticaram as declarações de Bolsonaro.

Em paralelo: em meio às críticas, o plenário do Supremo Tribunal Federal manteve, por unanimidade, a decisão de Moraes de que o governo deve responder pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação mesmo durante a pandemia.

Em outro caso, Gilmar Mendes negou pedido do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para suspender a CPI das Fake News.

Bastidores: a Polícia Federal apresentará relatório com o resultado da investigação sobre o atentado a faca sofrido por Bolsonaro, um dos temas centrais das cobranças feitas pelo presidente à PF. O documento mostrará que não foi provada a existência de um mandante e que o agressor Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho.
A empatia pode ser modulada pela sociedade. Precisamos inserir as habilidades socioemocionais na educação de nossas crianças e jovens
NO BRASIL
85.380
CONFIRMADOS
5.901
MORTOS
NO MUNDO
3.271.892
CONFIRMADOS
232.807
MORTOS
Restrições a velórios e sepultamentos alteram rituais importantes ao processo de compreensão da morte
7 notícias importantes do dia
Curada: uma paciente de 101 anos recebeu alta no Rio após oito dias internada com a Covid-19.
Imprimir dinheiro: Paulo Guedes disse, pela primeira vez, que o Banco Central pode emitir moeda como medida contra a crise.
Mercado: brasileiros estão mudando seu perfil de consumo durante a pandemia. Compras de roupas e calçados caíram 88%.
Proteção à pesquisa: a Capes vai estender por até três meses o período de concessão de bolsas de mestrado e doutorado no país.
Tombos históricos: a economia da França encolheu 5,8% no primeiro trimestre. Na Espanha, o recuo foi de 5,2%, e na Itália, de 4,7%.
Estágios da retomada: em meio à reabertura gradual, a Alemanha decidiu estender medidas de distanciamento social até 10 de maio.
Êxito: o Vietnã anunciou ter controlado a propagação do coronavírus. País apostou em testagem em massa e registrou 270 casos, sem mortes.
Nutricionista da Fiocruz esclarece dúvidas e dá dicas de como melhorar as defesas do corpo
Russ Mittermeier, ambientalista
Uso da rede social cresce 40% durante a pandemia. Veja estratégias de empreendedoras para impulsionar negócios
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