A operação da PF para investigar a espionagem ilegal feita pela Abin durante o governo Jair Bolsonaro seguiu reverberando nesta terça-feira (30). Emergiram novos detalhes sobre a maneira como a chamada "Abin paralela" teria abastecido o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, com informações sobre inimigos dos bolsonaristas mesmo depois da saída do diretor Alexandre Ramagem. Bolsonaro voltou a negar as acusações. E o presidente Lula afirmou, em entrevista, que não tem mais "clima" para que Alessandro Moretti, número dois da Agência Brasileira de Inteligência, fique no cargo depois das revelações da PF. Reinaldo Azevedo minimizou as alegações de que há "perseguição" das autoridades contra integrantes do governo anterior e afirma que as investigações apenas mostram que o sistema de Justiça está funcionando. Ainda no tema da suposta "perseguição", Josias de Souza atenta para a ironia de que Bolsonaro, que tem "conhecimento de causa" sobre a prática, agora reclama dela. Enquanto isso, a PF segue analisando provas coletadas pela operação. Para Tales Faria, a investigação confia mais em conseguir informações com os contatos de Carluxo e Ramagem do que com os próprios. E finalmente José Roberto de Toledo discorda do termo "Abin paralela", afirmando que é a própria agência que age contra o Estado brasileiro. "A Abin paralela é a própria Abin", define. Reinaldo Azevedo: Golpistas e espiões em apuros provam que sistema de Justiça está operando Josias de Souza: Bolsonaro fala de perseguição com conhecimento de causa Tales Faria: PF espera menos do material de Ramagem e Carluxo do que de seus contatos José Roberto de Toledo: A Abin paralela é a própria Abin Wálter Maierovitch: Mesmo de fora, Ramagem continuava diretor de fato da Abin Leonardo Sakamoto: Brasil será justo quando polícia tratar pobre como tratou Carlos Bolsonaro |
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