Olá, pessoal! Tudo bem? Brincando, brincando, a gente já vai chegando à metade de 2022 — ano em que falta quase tudo, menos tédio. Também não falta história boa para a gente contar em TAB, e aqui vai um resumo com nossos destaques da semana. Se você leu, vale ler de novo, e se não leu, aproveite a chamadinha: tem de futebol a arte mística, da maldição de Zé do Caixão ao homem que restaura Mizunos, e, ainda, a cidade que não dorme com medo da "cracolândia". Boa leitura! A praga No cruzamento da rua Tomé de Souza com a rua Professor Moraes, na Savassi, um dos bairros mais tradicionais de Belo Horizonte, uma casa de quatro quartos e 200 m² segue há quase dez anos com placas de "aluga-se" fixada nas grades das janelas. Alguns anos atrás, ela era disputada pelo comércio e o entretenimento. A razão desse abandono pode ter um motivo sobrenatural, como mostra a jornalista Nina Rocha: naquele imóvel, durante sete anos, funcionou a boate Mary in Hell, que, em 2007, recebeu uma festa de cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão (1936-2020), e, desde então, parece ter sido amaldiçoada. Leia a história aqui. Passou as chuteiras Da Eslovênia, o jornalista Edison Veiga reconta a emocionante despedida de carreira do jogador brasileiro Marcos Tavares, 38, considerado o maior da história do futebol escloveno. Ele jogou a última partida na sede do seu time, o NK Maribor, que venceu o Aluminij por 3 a 1. Se houvesse um Galvão Bueno, a narração esportiva teria sido cheia de "fortes emoções" e nos últimos minutos não faltariam chavões como "é teste para cardíaco, meu amigo!". A homenagem contou com a presença surpresa dos pais e dos irmãos do atleta, além de uma passagem de bastão simbólica: Tavares jogou os cinco minutos finais ao lado do filho de 17 anos. Coração partido O governo Bolsonaro já se prepara para celebrar os 200 anos de Independência do Brasil, em setembro. Entre os planos, está trazer para o país o coração de Dom Pedro 1º, relíquia guardada desde 1835 na igreja da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto, em Portugal. O pedido um tanto incomum feito pelo Itamaraty terminou causando constrangimento do outro lado do Atlântico, além de medo: os portugueses temem que os brasileiros percam ou estraguem o coração do imperador. Leia na reportagem de Adriana Negreiros. Sapato novo Com esmero, linha, tesoura e cola, Eduardo Oliveira, 24, dá vida nova a pares de tênis surrados, destruídos pelo tempo e dias de baile funk na rua. O jovem é hoje o principal especialista em manutenção, reforma e restauração de calçados da Mizuno. Pelas mãos do "Mizuneira", que atende há quase dois anos em uma ruela de Diadema, na Grande São Paulo, um sapato caindo aos pedaços volta a ser uma joia. Os pares recriados por Oliveira, de tão cobiçados, só podem ser chamados de relíquias. Tanto que há fila na porta da loja, e TAB foi até lá conhecer. Traço místico Você pode não conhecer o artista paulistano Claudio Gianfardoni, 59, mas já deve ter batido o olho em uma de suas pinturas, principalmente se você foi estudante nos anos 2000 e comprou um dos livros de bolso da Martin Claret, editora que vendia clássicos da literatura e não-ficção. Acontece que essas obras não chamavam atenção só pelo conteúdo, mas pelas capas que seguiam uma estética, digamos, curiosa. A repórter do TAB Marie Declercq visitou o pintor e conta sua história, que mistura arte e misticismo, em perfil publicado nesta semana. Leia aqui. 'Eles estão aqui' Desde que a "cracolândia" se espalhou pelo centro de São Paulo, após ação da polícia e da Prefeitura na praça Princesa Isabel, os moradores de um edifício de classe média próximo ao largo do Arouche perderam o sossego. É que a casa deles se tornou uma das novas vizinhanças cercadas pelo fluxo de usuários de drogas. TAB acompanhou as discussões no grupo de WhatsApp do condomínio, e contamos como foi a reação das pessoas. 'É sempre humilhação' A proposta da secretária de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Soninha Francine, é criar na cidade um camping para a população de rua, com acesso a chuveiros, banheiro e local para lavar roupas. O projeto é antigo. Nossa reportagem, no entanto, foi conversar com pessoas que estão vivendo em calçadas da capital para saber o que acham da ideia. Encontramos histórias como as de Erik, Silvana e João Paulo, cujos relatos são cada vez mais comuns. |
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