O ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como o chefe de uma milícia na zona oeste do Rio e morto em uma operação policial em fevereiro de 2020 em Salvador, movimentou ao menos R$ 1,8 milhão em apenas um mês, segundo reportagem de Herculano Barreto Filho. Os dados fazem parte da Operação Gárgula, que resultou na prisão preventiva do PM Rodrigo Bitencourt Fernandes Pereira do Rego, homem de confiança do miliciano. Julia Lotuffo, viúva do ex-PM e acusada de ocultar o patrimônio do companheiro após a sua morte, já é considerada como foragida. O MP-RJ (Ministério Público do Rio) teve acesso à informação da movimentação milionária com base em parte de uma planilha da contabilidade de Capitão Adriano referente a maio de 2019 —ele estava foragido desde janeiro daquele ano, quando a Justiça do Rio determinou a sua prisão na Operação Intocáveis. Uma foto de parte de uma planilha de contabilidade foi obtida a partir da análise de dados telemáticos de Julia Lotufo, apontada como a responsável pela contabilidade e gestão financeira do grupo chefiado pelo miliciano. Segundo a denúncia, o patrimônio da quadrilha chefiada por Adriano, também tido como o chefe do grupo de matadores conhecido como Escritório do Crime, era investido para a prática de agiotagem, com empréstimos a juros de até 22%.
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