Esta newsletter traz um resumo gratuito de conteúdo do UOL Economia+. Assinantes têm acesso à versão integral, com mais orientações. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) está revendo algumas regras para modernizar os fundos de investimento no Brasil. Uma das novidades é a liberação dos FIDCs - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios para todo tipo de investidor. A expectativa do mercado é que essa liberação ocorra no segundo semestre. Hoje, esse fundo de investimento só está liberado para o investidor qualificado, aquele com pelo menos R$ 1 milhão já aplicados, ou para profissionais do mercado financeiro. O que são FIDCs?Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios são fundos de renda fixa que aplicam o dinheiro dos seus cotistas em empréstimos de antecipação de recursos para empresas. Para isso, os FIDCs cobram juros, que viram o rendimento dos investidores. É então um tipo de investimento em crédito privado. Quando uma empresa vende um produto a prazo para um consumidor, por meio de cartão de crédito, cheques pré-datados ou boletos, por exemplo, essa empresa tem vários pagamentos futuros a receber. São os chamados recebíveis. São esses recebíveis que uma empresa pode vender ao FIDC, na forma de direitos creditórios. Qual o tamanho desse mercado? Na Bolsa estão listados 336 FIDCs. O patrimônio atual dos FIDCs é de R$ 213 bilhões. Isso representa 3,42% de toda a indústria de fundos no país, de R$ 6,2 trilhões, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Quem pode oferecer um FIDC? Cada FIDC é montado por uma instituição financeira que constitui o fundo e realiza todo o processo de captação de recursos junto aos investidores através da venda de cotas. Por que a CVM quer liberar o FIDC para todo investidor? Segundo o superintendente de Supervisão de Securitização da CVM, Bruno Gomes, esse novo produto que será aberto ao público em geral representa mais um passo no desenvolvimento e democratização do mercado de capitais brasileiro. Veja aqui as vantagens e desvantagens dos FIDCs e se vale a pena investir, segundo profissionais de mercado. Cuidados a serem tomadosA CVM vai exigir maior proteção aos investidores. O gestor dos recursos terá, por exemplo, que checar se cada recebível tem lastro - ou seja, se de fato tem uma receita futura prevista. Mesmo assim, especialistas destacam alguns cuidados que o investidor deve adotar antes de investir em FIDCs. - Analisar a qualidade e o histórico do gestor de recursos que montou o FIDC. Afinal, é essa empresa financeira que terá a responsabilidade de checar se os recebíveis de crédito têm lastro e se o risco de calote é aquele que o emissor calculou.
- Perguntar ao gestor de recursos como os pagamentos da empresa que emitiu os recebíveis vão chegar ao fundo para evitar vazamentos ou desvios. Ou seja, se aquele pagamento que uma empresa recebeu e que está comprometido com o fundo de investimento vai mesmo para os cotistas.
Veja aqui quanto aplicar e mais cuidados antes de investir em FIDCs, quando a aplicação for liberada para pequeno investidor. Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. Ela pode ser respondida no programa semanal Papo com Especialista, para assinantes do UOL Economia+. Assista ao vivo todas as quartas-feiras, às 12h30, ou reveja os programas transmitidos.
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