Olá, leitores e leitoras! A essa altura do mês, as águas de março já estão levando o verão. Esta é a última newsletter de março de 2021, mês em que completamos um ano de pandemia em nossas vidas. E que ano. Não está sendo fácil. Ultrapassamos a marca de 300 mil mortos por covid-19 e este é o tema do especial que trago a vocês esta semana. Parece cansativo bater nessa tecla, mas devemos nos manter atentos. A pandemia ainda não acabou. Cola aqui que tem mais. Luto coletivoNo cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, os enterros seguem acelerados. Nas últimas semanas, São Paulo bateu recorde de enterros. O serviço, que hoje vai até as 18h, tem capacidade para realizar 400 por dia. O horário de sepultamentos já foi estendido. A foto aérea das covas prontas foi capa de jornal norte-americano, em março de 2020. Neste ano, o esquema emergencial dos enterros será a marca. O repórter Felipe Pereira acompanhou o trabalho do Vila Formosa e a sequência assustadora de enterros. Leia aqui. Numa relaxQuem está em isolamento nos últimos 12 meses provavelmente deu uma pirada em algum momento. Um ano de confinamento e 300 mil mortos são capazes de abalar a saúde mental de qualquer um. Como lidar com essa angústia recorrente é o assunto da trupe de caóticos no episódio do CAOScast desta semana. Ouça aqui. Pequenos lutosFalando em saúde mental, o fundo do poço a que chegamos envolve também ter de lidar com o luto. Quem não perdeu diretamente alguém querido nos últimos 12 meses talvez seja privilegiado, de fato. Mas também teve de encarar outras perdas: adiamento de rituais — formaturas, casamentos, aniversários. Feriados que não existem, saudades de quem mora longe. No "Tá Explicado" desta semana, a repórter Luiza Pollo conversou com duas especialistas que reforçam a importância de reconhecer o luto pelas pequenas perdas do cotidiano. Leia aqui. Bagunça históricaO lixo de alguns pode ser o luxo de outros. Em Belo Horizonte (MG), Antônio Carlos Figueiredo reúne tralhas em um espaço de 600 m² que ajudam a recontar a história do Brasil. O Museu do Cotidiano agrega peças aparentemente sem valor, mas que contam episódios marcantes da cidade mineira e até da República. Veja aqui. 'Big Brother' baianoNa tela da TV, os confinados da casa mais vigiada do Brasil disputam um prêmio milionário. Na tela do celular, confinados dentro de casa, participantes do BBCaj disputam um prêmio de R$ 300, uma caixa de som com sistema Bluetooth, passagem de ida e volta para o Morro de São Paulo, no litoral da Bahia, e um roupão oficial do programa da TV Globo. Uma brincadeira entre moradores do bairro de Cajazeiras, na Bahia, está gerando ainda mais entretenimento em tempos tão duros. Leia aqui. Amor pelo cuidadoSe tem um sentimento que a pandemia acendeu nos brasileiros, é o de fé. Num país de tradição católica e alto número de evangélicos, o nome de Deus está sempre na boca do povo. Hoje, mais ainda. Nos corredores do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, um padre e uma capelã evangélica oferecem apoio e uma palavra de conforto a famílias enlutadas por meio da equipe de acolhimento do hospital. Saiba mais aqui. Morando num carroNuma rua hostil no bairro do Brás, em São Paulo, uma fileira de carros aparentemente abandonados abriga pessoas. Trabalhadores e famílias que moram em seus veículos receberam com surpresa, em plena fase roxa da pandemia, um aviso do governo de que devem deixar o local, sob pena de multa de R$ 18 mil por abandono de veículo em via pública. A repórter Marie Declercq foi até lá conversar com quem usa a buzina como campainha, numa das maiores metrópoles da América Latina. Leia aqui. 'Fofãogate'Quem cresceu no final do século 20 não passou ileso pelo personagem Fofão. No interior de São Paulo, ele é protagonista de uma disputa judicial entre trenzinhos-carreta. A pandemia tem minado o trabalho de quem vive dos espetáculos ambulantes, mas nos tribunais, a briga segue quente. Quem manda no Fofão? Entenda aqui.
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