Uma avaliação preliminar feita pela Procuradoria-Geral da República vê indícios de crime na suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a PGR entende que a conduta poderia ser considerada prevaricação, advocacia administrativa ou afronta a um dispositivo da lei de abuso de autoridade. O que baseia a análise são os elementos de prova mais recentes, que vieram à tona na investigação que tenta descobrir se a interferência de Bolsonaro quanto à PF, denunciada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, teve como objetivo proteger familiares ou aliados políticos sob investigação. Um destes elementos é o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Outros, por exemplo, são mensagens de celular e depoimentos do ex-ministro Sergio Moro e também de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF. Analisando tudo, a equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, considera que há evidências de que Bolsonaro influenciava a corporação tentando obter alguma vantagem para si próprio ou para terceiros. A PGR espera que o avanço das investigações esclareça qual seria o tipo penal aplicável à conduta de Bolsonaro. Um dos desafios, por exemplo, é identificar quem eventualmente se beneficiaria pelas ações do presidente e em quais processos. Em meio às investigações, Jair Bolsonaro foi se encontrar com Augusto Aras hoje (25), de surpresa, após um contato por videoconferência. Eles estiveram juntos por cerca de dez minutos e inclusive posaram para fotos, em encontro que não teve a presença da imprensa. *** Crise política e investigações à parte, ontem (14) o Brasil passou de 360 mil casos oficiais e chegou a 22.666 mortes por covid-19. A pandemia avança de tal modo no País, que cinco estados já se aproximam de colapso no sistema de saúde. |
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