Bom dia!
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou no final da tarde de quinta-feira as ameaças que têm feito há meses: a partir de amanhã, começam a valer novas tarifas de importações de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá. Ele ainda disse que a China está na mira das próximas medidas.
A subida das alíquotas traz consigo o risco de repique da inflação nos EUA, isso um dia após o Fed ter decidido pausar os cortes nas taxas de juros, não apenas porque há o risco de os preços voltarem a subir. O fato é que o BC americano ainda não conseguiu colocar a inflação de volta em 2% ao ano, como é seu objetivo. Nesta sexta, os EUA divulgam o PCE de dezembro, a medida de inflação usada pelo Fed para avaliar se está cumprindo com sua missão.
De todo modo, a imposição de tarifas de importação tende a ter implicações sobre o mercado financeiro. Ainda que a reação tenha aparecido na véspera, principalmente com a alta do dólar, a sexta-feira começa como se o pior já tivesse passado. Os futuros das bolsas americanas avançam, e essa também é a direção dos principais índices europeus e do EWZ, o fundo que representa as ações brasileiras em Nova York.
O clima está formado para que o Ibovespa feche o mês com uma alta substancial: até o dia 30, a valorização era de 5,5%. Na prática, o índice está de volta ao patamar registrado pela última vez em 12 de dezembro, quando os mercados financeiros passaram a derreter, e o dólar, a disparar.
A subida da bolsa brasileira deve superar o desempenho dos índices S&P 500 e Nasdaq, que acumulam ganhos de 3,22% e 1,92%, respectivamente. O Nasdaq avança quase 2% mesmo com a crise da inteligência artificial que abateu os mercados nesta semana, após a China anunciar que desenvolveu uma IA mais barata que as concorrentes americanas.
Por fim, o fechamento do mês no Brasil será ainda marcado pela divulgação da taxa de desemprego e do resultado consolidado do setor público. Bons negócios.
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