Luís Adorno do UOL, em São Paulo PMs de São Paulo aprenderam a manipular câmeras corporais e a burlar o sistema de armazenamento das imagens captadas em serviço. A afirmação é de policiais civis, militares, promotores, membros do Judiciário paulista e pesquisadores de segurança pública entrevistados pelo UOL nos últimos cinco meses. Para eles, o sistema tem uma série de brechas que facilitam as fraudes - inclusive a ausência de uma controladoria independente. Dessa forma, as câmeras corporais perdem a função preventiva de inibir ações violentas, tanto de policiais militares como contra eles. "No começo, as câmeras e a utilização de armas não letais repeliram a letalidade policial. Mas agora eles [os policiais] perceberam que podem ficar impunes, propiciando abusos de autoridade", afirma o soldado Bruno Rodrigues Dias, 38. Além de policial militar em São Paulo, Dias é profissional de tecnologia da informação e teve papel estratégico na implantação das câmeras corporais no estado. Segundo ele, há quatro maneiras de manipular os registros. 1. Apagar o vídeo usando o botão "excluir"; 2. Deixar de colocar a câmera na Doca (aparelho usado para inserir o conteúdo no sistema) por 90 dias, prazo em que as imagens são apagadas automaticamente do equipamento; 3. Mudar a data da gravação para um período retroativo anterior ao tempo de expiração; 4. Determinar, em caso de policiais de classificação alta (com perfil administrativo, por exemplo), que o material tenha sua exclusão programada no momento da classificação do vídeo pelo agente. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL PRIME |
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