O ex-secretário de Estado Henry Kissinger, considerado o principal nome da diplomacia dos EUA no pós-Segunda Guerra, morreu nesta quarta-feira (29) aos 100 anos. Polêmico, Kissinger foi agraciado com o Nobel da Paz, mas deixou suas digitais em episódios como o apoio americano ao golpe militar do Chile em 1973 e a invasão do Timor-Leste, além da Guerra do Vietnã. Gênio da diplomacia para alguns, criminoso de guerra para outros. Entre estes últimos, Jamil Chade, que elenca as intervenções de Kissinger na geopolítica mundial —o colunista, inclusive, cita-o como o responsável por criar as condições de caos que desaguaram nas atuais crises no Oriente Médio. Para Chade, a lápide de Kissinger, além de seus feitos, deveria registrar o "infame" Nobel da Paz que recebeu, além das "sombras de milhares de nomes de vítimas de suas políticas". Já Reinaldo Azevedo afirma que Kissinger era "detestável" e "odiável", mas admite que seu realismo político tornava o mundo mais seguro do que está hoje com alguns "bobalhões" a dominar a diplomacia. E Josias de Souza relembra o apoio de Kissinger às sanguinárias ditaduras sul-americanas do século passado e afirma que nem a "santificação" natural que vem com a morte vai limpar a biografia do diplomata. Jamil Chade: Kissinger, criminoso de guerra Reinaldo Azevedo: Kissinger era detestável, mas o mundo corria menos risco com ele Josias de Souza: Nem a morte é capaz de lavar a biografia de Henry Kissinger Casagrande: Kissinger teve oportunidade de ver o Torino acabando com a Juventus ao vivo Leonardo Sakamoto: Mia Khalifa celebra morte de Kissinger dando desconto em seu OnlyFans |
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