sexta-feira, 24 de novembro de 2023

As principais notícias e análises econômicas do dia

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MOMENTO DO MERCADO
 
O Ibovespa, principal índice da B3, opera no meio do dia em baixa de 0,36%, enquanto o dólar é negociado com queda de 0,29%, cotado a R$ 4,88. O mercado repercute o veto integral do presidente Lula ao projeto de lei da desoneração da folha de pagamento. A medida divide economistas, que defendem a responsabilidade fiscal, e empresários, que apontam os prejuízos para a geração de empregos. Investidores também acompanham o Plano Estratégico da Petrobras, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões, aumento de 31%, em cinco anos. No exterior, a expectativa é de que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) favoreça as perspectivas de uma pausa no processo de aperto monetário do banco central americano, o Federal Reserve (Fed).
 
RISCO PETROBRAS
 
 O repórter Diego Gimenes entrevistou Fabiano Godoi, sócio e diretor de investimentos da gestora Kairós Capital, para o programa VEJA Mercado desta sexta-feira, 24. O especialista avalia que o novo plano de investimentos anunciado pela Petrobras não traz grandes surpresas ao mercado e está dentro do que já era esperado. A estatal vai investir o equivalente a R$ 500 bilhões nos próximos cinco anos. Godoi afirma que existem dúvidas sobre a política de dividendos e que o novo plano pode diminuir as cifras pagas trimestralmente aos acionistas. Para não perder nenhuma edição do programa, siga o canal de VEJA no YouTube e também no Spotify.
 
PERDA DE FÔLEGO
 
Parecia improvável que a economia cresceria acima de 1% em 2023 diante das desconfianças que pairavam sobre o novo governo. Mas o arcabouço fiscal foi aprovado, a reforma tributária andou e a supersafra de grãos semeou o avanço do Produto Interno Bruto. As projeções de crescimento melhoraram — apontaram até mais de 3% de expansão. Na reta final do ano, contudo, o Brasil vai perdendo fôlego. Entre os conservadores, já se fala em variação do PIB de 2%, o que seria uma tremenda decepção diante da aposta do governo de que o país cresceria 3,2%. Uma parte considerável das preocupações deve ser atribuída à política fiscal. Na quarta-feira 22, o Ministério da Fazenda informou que o déficit primário em 2023 deverá ser de 177 bilhões de reais.
 
ESCOLHA PELA RESPONSABILIDADE
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu o cenário político ao vetar integralmente o projeto que propunha a desoneração da folha de pagamento de 17 setores estratégicos da economia brasileira. O governo seguiu as recomendações do Ministério da Fazenda e do Planejamento, argumentando que a desoneração seria inconstitucional ao criar renúncia de receita sem apresentar impacto e ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. A medida representaria um custo anual de R$ 9,4 bilhões, segundo dados oficiais. Somando as desonerações anteriores, o país já teria aberto mão de cerca de R$ 140 bilhões em receitas públicas.
 
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