O governo Lula seguiu nesta sexta-feira (24) tendo que lidar com a crise institucional que se seguiu à aprovação pelo Senado, dois dias antes, de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que limita as decisões individuais (ditas "monocráticas") dos ministros do STF. Carolina Brígido informa que, ontem à noite, o presidente Lula se encontrou com os ministros do Supremo Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin para avaliar os desdobramentos da crise. E o comentarista Reinaldo Azevedo avalia que os ministros responderam de maneira coordenada à decisão do Congresso. Segundo ele, Luis Roberto Barroso acertou ao apontar, na votação, risco às instituições e uma inclinação ao autoritarismo. Azevedo elogiou Gilmar Mendes por ele ter repudiado o que foi interpretado pelos ministros como uma tentativa de "intimidar" a corte. Já Leonardo Sakamoto interpreta que a "grita" sobre a PEC ocorre por causa do contexto "oportunista" em que ela foi posta em votação, e que mostra uma tentativa de o Legislativo "reduzir os poderes da cúpula do Poder Judiciário por retaliação", o que poderia ser o primeiro passo para o bolsonarismo, no futuro, tentar reverter decisões do tribunal. Carolina Brígido: Com PEC aprovada, Lula se reúne com ministros do STF para tratar de crise Reinaldo Azevedo: Barroso aponta risco às instituições e lembra a 1ª tentação de autoritários Reinaldo Azevedo: Mendes repudia intimidação e lembra o óbvio sobre impeachment de ministros Leonardo Sakamoto: Bolsonarismo vê PEC como 1º passo para anular decisões do STF no Congresso Josias de Souza: PEC anti-Supremo é golaço de Bolsonaro feito na trave de Lula |
Nenhum comentário:
Postar um comentário