Após acordo entre Israel, Egito e o grupo extremista Hamas, foi aberta nesta quarta (1º) a fronteira entre a cidade de Rafah, no Egito, e a Faixa de Gaza. Desde o começo de outubro, e o início dos confrontos, esta é a primeira vez que a passagem fica liberada. De acordo com a agência Reuters, o Qatar mediou um acordo entre Egito, Israel e Hamas, em coordenação com o governo dos Estados Unidos. O Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai, segundo fontes médicas. Ao menos dez ambulâncias foram enviadas para Rafah na terça (31). Neste primeiro momento, estão autorizados a deixar a Faixa de Gaza nacionais da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. A lista de estrangeiros também traz nomes de integrantes da Cruz Vermelha. Desde 7 de outubro, quando o grupo Hamas atacou Israel, mais de 8.500 pessoas foram mortas na guerra. Entre as vítimas fatais estão cerca de 3.500 crianças na Faixa de Gaza, segundo a Unicef. Leia aqui. Palavra do dia: genocídio. Definido como a intenção de exterminar um determinado grupo de pessoas, o termo genocídio surge pela primeira vez na Segunda Guerra, em referência aos milhões de judeus mortos sistematicamente pelos nazistas da Alemanha. A palavra reaparece agora no conflito entre Israel e o grupo Hamas como uma acusação de extermínio da população palestina na Faixa de Gaza, alvo dos ataques das forças militares israelenses. Craig Mokhiber, um diretor do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, afirmou em carta de despedida do cargo que Gaza sofre genocídio e acusou a ONU, paralisada diante do caos, de ficar submetida aos interesses dos Estados Unidos e aliados. Segundo protocolos da própria ONU, matar membros de um grupo e infligir sérios danos físicos e psicológicos a este grupo são ações que definem o genocídio, entre outras. Leia aqui sobre as definições. Lula desafiando a paciência. Intriga é sempre uma certeza em Brasília, escreve José Roberto de Toledo sobre a declaração do presidente Lula acerca do déficit fiscal para 2024, disparada como um torpedo contra o seu próprio ministro, Fernando Haddad, da Fazenda. "Fernando Haddad é vítima do próprio sucesso. Em um governo pouco funcional e descoordenado, é dos raros ministros com um plano em execução e resultados para mostrar, apesar dos fogos amigo e inimigo", analisa o colunista. Leia aqui. TSE torna Braga Netto inelegível até 2030. Pela segunda vez, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a ficar inelegível, agora pelo uso eleitoral que fez das comemorações de 7 de Setembro de 2022. No julgamento encerrado na terça (31), os ministros votaram pela punição estendida ao general Braga Netto, candidato a vice-presidente, que planejava concorrer a prefeito em 2024 mas ficou inelegível até 2030. A ministra Cármen Lúcia citou a "captura" da data nacional pela campanha do PL. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, apontou que Braga Netto foi beneficiado pelos abusos cometidos no 7 de Setembro, lembrando que o general esteve nos palanques com Bolsonaro em Brasília e no Rio de Janeiro naquela data. "O TSE não admitirá a utilização de dinheiro público, da estrutura pública, dos símbolos da República para campanhas eleitorais e para mensagens eleitoreiras", afirmou Moraes. Houve também a punição de multas. O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto avalia entrar com recurso contra a decisão. Corrida pelo ouro no Pan. A delegação dos Estados Unidos lidera com folga o ranking dos Jogos Pan-Americanos: ganhou 178 medalhas até terça (31), sendo 76 de ouro, mais que o dobro das douradas conquistadas por cada um dos países seguintes no ranking: em 2º lugar, o Brasil tem 37 ouros, e 130 pódios no total (conheça todos os medalhistas); Canadá tem 35 ouros, entre 106 medalhas, e o México, também 35, para 90 pódios. Em 2019, a delegação brasileira chegou a 55 ouros. O encerramento é no domingo (5). Os chilenos, donos da casa, estão em 7º lugar. Nossos vizinhos ao sul, Argentina e Uruguai, ganharam 35 e seis medalhas no total, respectivamente. Veja a lista com 40 países e as conquistas brasileiras recentes no atletismo, tênis de mesa e esgrima. Demétrio Vecchioli escreve sobre o medalhista do hipismo que largou a medicina para treinar na Inglaterra e viver o sonho do esporte. Mussum, genial na música e na comédia. Primeiro longa-metragem dirigido pelo ator e produtor Silvio Guindane, Mussum - O Filmis, que chega aos cinemas, saiu ovacionado do Festival de Gramado com uma coleção de seis Kikitos. Melhor filme, melhor ator (Ailton Graça), atriz coadjuvante (Neusa Borges), ator coadjuvante (Yuri Marçal) e ainda o prêmio do público e melhor trilha sonora. "É um filme humano, que conta a história de uma família brasileira, que reflete a maioria das famílias pretas brasileiras, da mãe que cuida dos filhos a ferro e fogo, principalmente naquela época", explica Guindane. A colunista Flavia Guerra destaca que um dos maiores dramas da vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, nascido em Lins de Vasconcelos (RJ) em 1941 e alçado à fama com Os Trapalhões, era a dúvida entre as carreiras de sambista ou humorista, escolhas que o filme explora e tensiona. Veja as entrevistas em Splash. |
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