Ambientes virtuais, inteligência artificial e novas formas de consumir informação estão forçando a transformação dos modelos de negócios das empresas de mídia. Grupos de comunicação têm redobrado seus esforços para criar audiências leais, com negócios baseados em receitas advindas de publicidade, assinaturas e afiliados. Para a futurista Amy Webb, o cenário é único: "é fácil sentir que a única constante no ecossistema de notícias é a turbulência". Destaque no Tech Trends 2023 Esse foi apenas um dos pontos abordados dentro da edição 2023 do "Tech Trends", esperado relatório anual de previsões do Future Today Institute - e apresentado por Amy, CEO da consultoria, no SXSW deste ano. O SXSW, que vai até domingo (19), é um dos principais eventos de criatividade e inovação do planeta. A conferência deste ano contou com 25 trilhas temáticas, que vão de novidades tecnológicas a inovação, passando por filmes e música. Este ano, o documento do Future Today Institute tem 666 tendências, dispostas ao longo de mais de 800 páginas, divididas em 14 temas. Um deles, e que UOL Mídia e Marketing aborda aqui, tem a ver com o atual momento da mídia - e quais serão os grandes pontos de atenção da indústria para os próximos anos. Confira: Momento atual da indústria - Ambientes virtuais, inteligência artificial e novas formas de consumir informação estão forçando a transformação dos modelos de negócios de comunicação.
- Com isso, grupos de mídia têm redobrado seus esforços para criar audiências leais, com negócios fincados em uma mistura de publicidade, assinaturas e receita de afiliados. Diante desse cenário: o relatório é enfático: "é fácil sentir que a única constante no ecossistema de notícias é a turbulência".
- Compreender as evoluções da tecnologia e adotar rapidamente as novidades é essencial para mapear o futuro sustentável do jornalismo. Isso tem mudado a forma como as notícias são criadas, distribuídas e monetizadas.
Principais insights para 2023 - Aplicações de Inteligência Artificial, como o DALL-E 2 e o ChatGPT, tornaram-se populares. Essa nova classe de ferramentas está reescrevendo ativamente os fluxos de trabalho e criando novas formas de consumo de notícias.
- Os mecanismos de pesquisa têm mudado sua forma de responder às perguntas feitas pelos consumidores. Essas inovações alterarão radicalmente a maneira como as pessoas descobrem novos conteúdos e isso impactará todo o mercado.
- A confiança nas notícias está em baixa histórica em todo o mundo, deixando as organizações de mídia vulneráveis a crises de reputação.
- Pesquisadores de inteligência artificial estão investigando ativamente como os algoritmos podem ser usados para melhorar as recomendações de notícias e detectar fakes news. Sem o envolvimento de jornalistas (e dos grupos de mídia), tal trabalho corre o risco de resolver os problemas errados.
O que fazer agora? O relatório ainda indica seis caminhos que os grupos de mídia devem tomar, a partir dos problemas apresentados: - Programas de assinatura enfrentarão ventos econômicos contrários e saturação do mercado. A inflação pressionará cada vez mais os consumidores a priorizar as despesas. Para lutar contra isso, os editores precisam buscar "inovação real" para seus principais produtos: para garantir relevância e a integridade de sua cadeia de valor num futuro próximo.
- Assistentes de voz e resultados de pesquisa em áudio substituirão gradualmente as páginas de resultados baseada em links, o que vai gerar uma perda de audiência. Essa tendência forçará os editores a reconsiderar como eles se conectam com novos usuários.
- As organizações que buscam desempenhar um papel ativo na formação do futuro das notícias devem monitorar os espaços de oportunidades emergentes. Grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT, podem ser usados para gerar e publicar novos tipos de conteúdo.
- A IA também facilita a transformação do formato do conteúdo: o texto pode se tornar áudio. O áudio pode ser emparelhado com recursos visuais para criar vídeo. O vídeo pode ser resumido de forma eficaz em texto. Isso abre a porta para que os criadores distribuam conteúdo em formatos e plataformas que, de outra forma, não teriam explorado.
- Em um ambiente de baixa confiança, as marcas que constroem e mantêm relacionamentos duradouros com os consumidores sobreviverão.
- Equipes de cientistas da computação em todo o mundo estão explorando como aplicar a inteligência artificial para identificar mentiras e desinformação nas mídias sociais (e nas notícias). As organizações que construírem relacionamentos para moldar e desempenhar um papel nessa pesquisa serão aquelas mais conectadas ao futuro das notícias.
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