Tem sido raro o país conseguir voltar a atenção para os inúmeros desafios que tem de enfrentar em vez de se perder nas distrações do golpismo e da lacração. Hoje rolou. O governo apresentou um plano para organização dos gastos e receitas. O mercado, pelo vitso, achou bom. Abriram-se novas possibilidades de negociação com o Parlamento (análise de Tales Faria aqui). O circo que se armava para a chegada de Bolsonaro não dominou as conversas do respeitável público. Para Josias de Souza, Bolsonaro amargou antiapoteose, perdeu os holofotes para Haddad e "apresentou-se como subordinado do ex-presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto, a quem chamou de 'nosso chefe'". Na mesma linha, Leonardo Sakamoto lembra que as redes sociais se inflamaram com o retorno do ex-presidente, mas que a família Bolsonaro, "especialista em fazer desaparecer temas que não são de seu interesse usando outros assuntos, submergiu diante das reais prioridades nacionais". Mas, como dito acima, os desafios não diminuíram. José Paulo Kupfer acha que a nova âncora pode dar certo, mas faz a ressalva de que tudo depende de aumentar a receita e de combinar com os 'russos' do Congresso. Papo difícil. Papo de adultos. Pelo menos por um dia. |
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