Fala, galera! Hoje é minha estreia aqui na newsletter, e já adianto que, nesta semana, os repórteres do TAB trouxeram histórias que são puro suco de Brasil. Um dos nossos destaques é a sucessão na Igreja Batista da Lagoinha, liderada pela família de Márcio Valadão: contamos os bastidores desse Game of Thrones à brasileira e mostramos por onde andam os herdeiros desse império "bolsocristão". Também revelamos a subcomunidade no Twitter que acompanhou — e comemorou — o atentado a uma escola em São Paulo, e o caso dos médicos negacionistas que vendem "detox vacinal" pelo WhatsApp. Apertem os cintos e boa leitura! Passagem de cajado Os jornalistas Juliana Sayuri e Leandro Aguiar foram atrás de uma história que parece o roteiro da série "Succession". Com o anúncio do afastamento de Márcio Valadão, patriarca da família que liderou a Igreja Batista da Lagoinha por 50 anos, ficou a dúvida sobre quem ocuparia seu lugar no comando do conglomerado evangélico que tem cerca de 700 unidades espalhadas por 14 países. Bom, o bastão foi passado para o filho homem, André Valadão, tido como "playboy" intempestivo que vive na Flórida e está mais interessado em camisetas Ralph Lauren, fotos de jet-ski e no ultraconservadorismo americano. Spoiler: nem todo mundo ficou feliz com a escolha da sucessão. A Lagoinha, que nasceu na periferia de Belo Horizonte, sintetiza o futuro do movimento evangélico no Brasil, e muitos temem que o novo reinado (radical, à direita) acabe por rachar a igreja. O TAB também contou onde anda Ana Paula Valadão, a primogênita preterida na linha de sucessão da Lagoinha (apesar de ter sido uma das principais responsáveis pela fama da família nos anos 1990). E o repórter Yuri Eiras foi a Niterói, no Rio de Janeiro, para contar como funciona a filial da Lagoinha comandada por Felippe Valadão, que é casado com Mariana, a filha caçula do patriarca. No submundo do Twitter Os repórteres Marie Declercq e Luis Adorno mostraram que, no Twitter, uma comunidade acompanhou os preparativos e comemorou a repercussão do atentado na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, na segunda-feira (27). Um adolescente de 13 anos matou uma professora e deixou outras cinco pessoas feridas. A reportagem revela que os perfis dessa subcomunidade interagem às claras na rede social, usando hashtags, códigos e termos específicos para expressar vontade de cometer suicídio ou matar colegas. O fim da picada Como se não bastasse a onda de fake news que o Brasil enfrentou durante a pandemia, os médicos negacionistas agora decidiram inovar. A colaboradora Thais Porsch entrou em contato com profissionais que vendem, pelo WhatsApp, terapias de "reversão vacinal" e detox das vacinas contra a covid, com certificado e tudo, mas sem nenhuma comprovação científica. Ainda assim, há quem pague R$ 1.800 pelo "procedimento". Saudade de casa Mesmo sem perspectiva de um fim para a guerra, refugiadas ucranianas decidiram voltar ao país de origem. A colaboradora Flávia Mantovani conversou com mulheres que decidiram deixar São José dos Campos, no interior de São Paulo, para reencontrar a família no país europeu. Um desfecho improvável Os rumos da arte são imprevisíveis. No Brasil, porém, isso atinge outro patamar. A repórter Marie Declercq conta como como o filme japonês "Império dos Sentidos" — com suas cenas demasiadamente explícitas — deu origem ao pornô brasileiro numa época em que todo mundo estava de saco cheio da censura. O golpe tá aí Diretamente de Pernambuco, o colaborador Adriano Alves mostrou como age o grupo de estelionatários que aplica o golpe do Pix em motoboys utilizando a foto de um delegado de polícia. Quando a gente acha que já viu de tudo... |
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