Um equipamento que já existe há um tempo é o head-up display. Ele projeta informações de condução no para-brisa do carro para que o condutor não precise desviar o olhar da rua para consultar dados como, por exemplo, a velocidade, informações de GPS, entre outros. Para os carros do futuro, marcas já confirmaram a expansão do recurso com a utilização da realidade aumentada. Stellantis, General Motors, Hyundai e até Jaguar Land Rover já investiram mais de US$ 50 milhões (mais de R$ 250 milhões, em conversão direta) em empresas como a Envisics, que desenvolvem essa tecnologia. O primeiro carro que está confirmado para chegar com o para-brisa em realidade aumentada será o Cadillac Lyriq, já como modelo 2024. Eventualmente, depois da marca de luxo, a tecnologia será readequada para outras empresas da GM, com diferentes formas de aplicação. Sobre a Cadillac, o grupo norte-americano diz que o objetivo da tecnologia será o de "adicionar um segundo plano de gráficos que oferece aos motoristas informações mais imersivas integradas em seu campo de visão natural". Esses recursos são o resultado de anos de engenharia por pesquisadores da Universidade de Cambridge desde 2004. A empresa espera que um total de 1,6 milhão de unidades do equipamento estejam disponíveis em 2022 (a maioria delas da Envisics), enquanto projeta que cerca de 19,1 milhões de unidades estarão disponíveis até 2032. Como funcionará? Com ela, as ruas vão ganhar sinalizações digitais fictícias, que só o condutor poderá enxergar Desenhos vão aparecer no chão e nas laterais da via para indicar a direção, bem como marcações surgirão em ruas, postes, ciclistas, árvores e prédios para mostrar o que está nos arredores do carro Como se não bastasse, o motorista será sinalizado visualmente sobre possibilidade de colisões com objetos da via, podendo até sugerir ações para mitigar os riscos de acidentes.
Porsche foi uma das pioneirasEm 2018, a marca alemã firmou uma parceria com a WayRay, empresa especializada no desenvolvimento de um novo tipo de head up display — a tecnologia que projeta informações do velocímetro e outras funções no para-brisa do veículo. Como os primeiros modelos a receberem o equipamento - que na época ainda era experimental - foram os esportivos da gama 911, exibia dados como tempos de volta (muito úteis em track days), linha de referência para traçado ideal e até um carro "fantasma" para servir como referência de tempo de volta. Neste caso, é como se um instrutor de pilotagem estivesse junto de você. A diferença é que a tecnologia acaba sendo uma forma até mais fácil e direta de seguir os ensinamentos do que se fosse com outra pessoa no banco do passageiro. |
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